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quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Quando a História vai abaixo



Sede do 6º BPM deve ser demolida, e ideia enfrenta resistências de moradores e especialistas

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FACHADA DA sede do 6º BPM, na Rua Barão de Mesquita Foto: Pedro Kirilos / Pedro Kirilos

FACHADA DA sede do 6º BPM, na Rua Barão de MesquitaPEDRO KIRILOS / PEDRO KIRILOS
O relógio no alto da sede já conta as horas para o início do processo de reconstrução do 6º BPM (Tijuca). A ideia partiu do chefe do Estado-Maior Administrativo da Polícia Militar, coronel Robson Rodrigues, e prevê a transformação do espaço físico onde os policiais trabalham, que hoje tem características de quartel. Segundo a assessoria da PM, o projeto ainda não está fechado, mas é bastante provável que o prédio histórico, construído em 1924, seja demolido.
O objetivo do governador Sérgio Cabral é transformar as antigas instalações em edifícios modernos. O segundo passo, de acordo com a PM, é implantar um novo modelo de batalhão, com os policiais mais próximos dos moradores. Existe até uma ideia, ainda em estudo, de realizar um campeonato de futebol dentro do batalhão com times dos bairros próximos e das comunidades pacificadas.
O sucesso das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) da Grande Tijuca (Andaraí, Borel, Formiga, Macacos, Salgueiro e Turano) levou o comando da Polícia Militar a escolher o 6º BPM para o início do projeto, que vai se espalhar para outros batalhões. No entanto, a assessoria de imprensa da PM destaca que o policiamento de rua não sofrerá mudanças e continuará distinto do trabalho realizado nas UPPs. A Polícia Militar considera que os policiais das unidades pacificadoras têm outra dinâmica.
O projeto de demolição da sede do 6º BPM encontra resistência por parte de moradores da região.
— Concordo que pode ser benéfico aproximar os policiais dos moradores. Mas, para isso acontecer, é só mudar a forma de atuação. Não precisa derrubar um prédio histórico — diz o professor Antônio Oliveira, que mora próximo.
De acordo com Alfredo Britto, professor de Arquitetura e Urbanismo da PUC-Rio, uma análise detalhada deve ser feita.
— A convivência entre o antigo e o novo é saudável. Mas, antes, é preciso verificar se o antigo tem valor arquitetônico e cultural e se pode mesmo ir embora.


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