Total de visualizações de página

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Super Interessante - Dezembro de 2011



Capa: Apocalipse: Envenenamento da atmosfera, fim do campo magnético, colisão de meteoro: é assim que o nosso mundo pode acabar.

O Rei do Inverno (As Crônicas de Artur 1) - Bernard Cornwell


O Rei do Inverno conta a mais fiel história de Artur, sem os exageros míticos de outras publicações. A partir de fatos, este romance genial retrata o maior de todos os heróis como um poderoso guerreiro britânico, que luta contra os saxões para manter unida a Britânia, no século V, após a saída dos romanos. "O livro traz religião, política, traição, tudo o que mais me interessa," explica Cornwell, que usa a voz ficcional do soldado raso Derfel para ilustrar a vida de Artur. O valoroso soldado cresce dentro do exército do rei e dentro da narrativa de Corwell até se tornar o melhor amigo e conselheiro de Artur na paz e na guerra.

A Privataria Tucana - Amaury Ribeiro Jr.



Prepare-se, leitor, porque este, infelizmente, não é um livro qualquer. Ele nos traz, de maneira chocante e até decepcionante, a dura realidade dos bastidores da política e do empresariado brasileiro, em conluio para roubar dinheiro público. Faz uma denúncia vigorosa do que foi a chamada Era das Privatizações, instaurada pelo governo de Fernando Henrique Cardoso e por alguns de seus ministros e altos funcionários. Nomes imprevistos, até agora blindados pela aura da honestidade, surgirão manchados pela imprevista descoberta de seus malfeitos.

O autor, famoso jornalista investigativo, que trabalhou em varios grandes jornais e revistas, faz um trabalho investigativo que começa de maneira assustadora, quando leva um tiro ao fazer reportagem sobre o narcotráfico e assassinato de adolescentes, na periferia de Brasília. Depois do trauma sofrido, refugia-se em Minas e começa a investigar uma rede de espionagem que tinha o objetivo de desacreditar um possível candidato do PSDB, o ex-governador mineiro Aécio Neves. Ao puxar o fio da meada, mergulha num novelo de proporções espantosas. livro tem 160 páginas de documentos irrefutáveis, contas no exterior, copias de cheques e contratos, fotos dos locais onde os políticos guardaram dinheiro para enriquecerem e financiarem campanhas eleitorais.

Lendas do Brasil

Lenda da Vitória-Régia

Conta a lenda que uma índia chamada Naiá, ao contemplar a lua (Jaci) que brilhava no céu apaixona-se por ela. Segundo contava os indígenas, Jaci descia a terra para buscar alguma virgem e transformá-la em estrela do céu. Naiá ao ouvir essa lenda, sempre sonhava em um dia virar estrela ao lado de Jaci. Assim todos as noites, Naiá saia de casa para contemplar a lua e aguardar o momento da lua descer no horizonte e sair correndo para tentar alcançar a lua. Todas as noites Naiá repetia essa busca, até que uma noite Naiá, decide mais uma vez tentar alcançar a lua, nessa noite Naiá vê o reflexo da lua nas águas do igarapé e sem exitar mergulha na tentativa de tocá-lo e acaba afogando-se. Jaci se sensibiliza com o esforço de Naiá e a transforma na grande flor do Amazonas, a Vitória Régia, que só abre suas pétalas ao luar.

Lendas do Brasil

Lenda do Sol

Para os índios o sol era uma pessoa e se chamava Kuandú. Kuandú tinha três filhos: um é o sol que aparece na época da seca; o outro, mais novo, sai na chuva e o filho do meio ajuda os outros dois quando eles estão cansados.  Há muito tempo um índio Juruna teria comido o pai de Kuandú, por esta razão este queria se vingar. Uma vez Kuandú estava bravo e foi para o mato pegar coco. Lá encontrou Juruna em uma palmeira inajá. Kuandú disse que ele ia morrer, mas Juruna foi mais rápido acertando Kuandú com um cacho na cabeça. Aí tudo escureceu. As crianças começaram a morrer de fome porque Juruna não podia trabalhar na roça e nem pescar. Estava tudo escuro. A mulher de Kuandú mandou o filho sair de casa e ficou claro de novo. Mas só um pouco porque era muito quente para ele. O filho não agüentou e voltou para casa. Escureceu de novo. E assim ficaram os três filhos de Kuandú. Entrando e saindo de casa. Portanto, quando é seca e sol forte é o filho mais velho que está fora de casa. Quando é sol mais fraco é o filho mais novo e o filho do meio só aparece quando os irmãos ficam cansados.

Lendas do Brasil

Pirarucu

A lenda do Pirarucu teve sua origem nas águas amazônicas. O Pirarucu é um dos maiores peixes de escama do Brasil. E para explicar sua origem os índios costumam contar a seguinte lenda. O Pirarucu era um índio guerreiro da nação dos Nalas e que este jovem índio era muito valente e muito orgulhoso, vaidoso e injusto e gostava de praticar a maldade. Foi então que o Deus Tupã resolveu castigá-lo por todas as suas maldades e pediu a Deusa Luruauaçu que fizesse cair uma grande tempestade e assim aconteceu. Uma forte chuva caiu do céu sobre a floresta de Xandoré, o demônio que odeia os homens começou a mandar raios e trovões tornando a floresta toda eletrizada pelos fortes relâmpagos e o  forte guerreiro chamado de Pirarucu encontrava-se na hora da chuva caçando na floresta e tentou fugir, mas não conseguiu, vencido pela força do vento caiu ao chão e um raio partiu uma árvore muito grande que caiu sobre a cabeça do jovem guerreiro, achatando-lhe totalmente. O jovem guerreiro teve seu corpo desfalecido, carregado facilmente pela enxurrada para as profundezas do rio Tocantins, mas na floresta Xandoré o Deus Tupã ainda não estava satisfeito e resolveu transformá-lo aplicando-lhe um castigo severo e transformou o jovem guerreiro num peixe avermelhado de grandes escamas e cabeça chata e é este peixe Pirarucu que habita os rios da Amazônia.

Lendas do Brasil

Lenda da origem do Peixe-Boi

A Lenda da origem do Peixe-Boi é indígena, e contada pelos habitantes do vale do Rio Solimões, no Amazonas. Diz  a lenda que foi realizada uma grande festa da moça nova e pela ação de Curumi. O pajé mandou que a moça nova e o Curumi mergulhassem nas águas do rio. Quando mergulharam o pajé jogou, em cima de cada um deles, uma tala de canarana. Quando voltaram à tona já haviam se transformado em PEIXE-BOI.

A partir deste casal nasceram todos os outros peixes-boi. É por esse motivo que eles se alimentam de canarana.

Lendas do Brasil

Lenda da Onça Maneta

A lenda da Onça maneta é muito forte nas Regiões, Sudeste, Norte, Centro-Oeste, trata-se de uma onça que perdeu uma das patas dianteiras possivelmente em uma luta contra caçadores. Desde esta luta a Onça passou a possuir uma grande força misturada a uma raiva enorme. Ela costuma ficar escondida nas matas e dificilmente consegue-se vê-la. Ela ataca e raramente alguém consegue escapar dela, não escolhe sua vítima ,ataca quem ela vê, pode ser um bicho, uma boiada, um homem, um grupo de caçadores, nada faz ela ficar com medo.

Lendas do Brasil

Lenda da Mula-Sem-Cabeça

A lenda da Mula-sem-cabeça é de origem desconhecida e é evidenciada em todo Brasil, de acordo com as regiões sofre alguma modificações, principalmente no nome, passando a ser chamada, por exemplo, de: Mulher de Padre, Mula de Padre, Mula Preta, entre outros. Não se sabe ao certo como surgiu o primeiro caso, porém segundo pesquisadores seria resultado de uma maneira de pensar, comportar-se e agir tipicamente relacionado a Igreja Católica, pois na sua origem a criatura seria o resultado de um pecado (aos modos ,costumes,princípios,e condutas da Igreja Católica),pois seria o resultado do que acontecia com todas as mulheres que mantivessem uma relação amorosa com um padre, o que podemos deduzir segundo muitos estudos sobre esta lenda que as mulheres que frequentavam igrejas nunca poderiam ver o Padre como um homem, e sim como uma "criatura especial" quase um Santo, pois estava se mantendo e vivendo para pregar a palavra de Jesus Cristo ,Deus e Santos, e caso alguma mulher pensasse em namorar com um Padre saberia que viraria uma Mula-sem-cabeça. Algumas pessoas juram já ter visto a criatura, e segundo elas a Mula-Sem-Cabeça tem as seguintes características: É uma mula, de cor marrom ou preta; não apresenta cabeça no lugar apenas fogo; possui em seus cascos ferraduras que podem ser de aço ou prata; seu relincho é muito alto que pode ser ouvido por muitos metros e é comum gemer como um ser humano; ela costuma aparecer somente durante a noite, e principalmente quinta ou sexta-feira, principalmente se for noite de Lua Cheia. Segundo a Lenda existem duas maneiras de acabar com o encantamento que fez a mulher virar Mula-Sem-Cabeça, a primeira consiste em uma pessoa arrancar o cabresto que ela possui, a outra forma é furá-la tirando sangue (uma gota no mínimo, com um alfinete virgem que nunca foi usado).

Lendas do Brasil

Lenda do Muiraquitã

A lenda do Muiraquitã é considerada um verdadeiro amuleto da sorte, que consiste num sapinho feito de pedra ou argila, geralmente é de cor verde, pois era  confeccionado em jade. Os indígenas contam a seguinte lenda: que estes batráquios, eram confeccionados pelas índias que habitavam as margens do rio Amazonas. As belas índias nas noites de luar em que clareava a terra se dirigiam a um lago mais próximo e mergulhavam em suas águas retirando do fundo do lago bonitas pedras que modelavam rapidamente e ofereciam aos seus amados, como um verdadeiro talismã que pendurado ao pescoço levavam para caça, acreditando que traria boa sorte e felicidade ao guerreiro. Conta à lenda que até nos dias de hoje muitas pessoas acreditam que o Muiraquitã trás felicidade é considerado um amuleto de sorte para quem o possui.

O Muiraquitã apresenta também outras formas de animais, como jacaré, tartaruga, onça, mas é na forma de sapo a mais procurada e representada por ser a lenda mais original.

Lendas do Brasil

Matinta Perera

Diz a lenda, que à noite, um assobio agudo perturba o sono das pessoas e assusta as crianças, ocasião em que o dono da casa deve prometer tabaco ou fumo. Ao ouvir durante a noite, nas imediações da casa, um estridente assobio, o morador diz:: - Matinta, pode passar amanhã aqui para pegar seu tabaco. No dia seguinte uma velha aparece na residência onde a promessa foi feita, a fim de apanhar o fumo. A velha é uma pessoa do lugar que carregaria a maldição de "virar" Matinta Perera, ou seja, à noite transformar-se neste ser indescritível que assombra as pessoas. A Matinta Perera pode ser de dois tipos: com asa e sem asa. A que tem asa pode transformar-se em pássaro e voar nas cercanias do lugar onde mora. A que não tem, anda sempre com um pássaro, considerado agourento, e identificado como sendo "rasga-mortalha". Dizem que a Matinta, quando está para morrer, pergunta:" Quem quer? Quem quer?" Se alguém responder "eu quero", pensando em se tratar de alguma herança de dinheiro ou jóias, recebe na verdade a sina de "virar" Matinta Perera.

Lendas do Brasil

Mapinguari

O Mapinguari é uma Lenda derivada de algumas Lendas dos Índios da Região Amazônica. Os caboclos contam que dentro da floresta vive o Mapinguari, um gigante peludo com um olho na testa e a boca no umbigo. Para uns, ele é realmente coberto de pelos, porém usa uma armadura feita do casco da tartaruga, para outros, a sua pele é igual ao couro de jacaré. Segundo esta Lenda, alguns índios ao atingirem uma idade mais avançada evoluiriam e transformariam-se em Mapinguari e passariam a habitar o interior das florestas passando a viver apenas no seu interior e sozinhos. Há também quem diga que seus pés têm o formato de uma mão de pilão. O Mapinguari emite um gritos semelhantes ao grito dado pelos caçadores. Se alguém responder, ele logo vai ao encontro do desavisado, que acaba perdendo a vida. A criatura é selvagem e não teme nem caçador, porque é capaz de dilatar o aço quando sopra no cano da espingarda. Os ribeirinhos amazônicos contam muitas histórias de grandes combates entre o Mapinguari e valentes caçadores. O Mapinguari sempre leva vantagem e os caçadores que conseguem sobreviver, muitas vezes ficam aleijados ou com terríveis marcas no corpo para o resto de suas vidas. Há quem diga que o Mapinguari só anda pelas florestas de dia, guardando a noite para dormir. Quando anda pela mata, vai gritando, quebrando galhos e derrubando árvores, deixando um rastro de destruição. Outros contam que ele só aparece nos dias santos ou feriados. Dizem que ele só foge quando vê um bicho-preguiça.

Lendas do Brasil

Mandioca

Existem várias lendas que explicam a origem da mandioca, porém a mais conhecida é sobre Mani. Mani era uma linda indiazinha, neta de um grande cacique de uma tribo antiga. Desde que nasceu andava e falava. De repente morreu sem ficar doente e sem sofrer. A indiazinha foi enterrada dentro da própria oca onde sempre morou e como era a tradição do seu povo. Todos os dias os índios da aldeia iam visitá-la e choravam sobre sua sepultura, até que nela surgiu uma planta desconhecida, então os índios resolveram cavar para ver que planta era aquela, tiraram-na da terra e ao examinar sua raiz viram que era marrom, por fora, e branquinha por dentro. Após cozinharem e provarem a raiz entenderam que se tratava de um presente do Deus Tupã. A raiz de Mani veio para saciar a fome da tribo. Os índios deram o nome da raiz de Mani e como nasceu dentro de uma oca ficou Manioca, que hoje conhecemos como mandioca.

Lendas do Brasil

Lobisomem

De acordo a Lenda, o Lobisomem é um ser que seria resultado de uma oração poderosa feita numa noite de sexta-feira,de preferência de Lua Cheia num estábulo ou cocheira de burro ou cavalo,no qual a pessoa rola no local como se fosse o animal ,dizendo a reza e é feita como pacto com entidades malignas. Em algumas Regiões a transformação em Lobisomem acontece numa noite de sexta-feira sempre meia noite numa encruzilhada, onde repetindo os atos de um cavalo rolando no chão, a pessoa transforma-se.

O Lobisomem seria a fusão do lobo com o homem. Muitas histórias são contadas sobre este ser. No Brasil é comum em todos os Estados, principalmente nas localidades da Zona Rural, onde é muito comum as pessoas afirmarem que já o viram ,que também passa a ser um mistério para quem vê e quem ouve a história. O Lobisomem ataca animais e pessoas para se alimentar de sangue e volta a forma humana somente com o raiar do Sol.

Lendas do Brasil

Lenda da Iara

Conta a lenda que Iara é um ser , metade peixe metade mulher que vive nos rios ,esta Lenda é muito comum na região Amazônica. Segundo pesquisadores esta lenda surgiu entre os índios e passou a fazer parte principalmente das vidas das populações ribeirinhas, onde muitas dessas pessoas são descendentes de índios, ou estão muito próximos da cultura indígena, passando a serem influenciadas direta ou indiretamente. Segundo a Lenda as pessoas, principalmente homens, sempre eram atraídos pela beleza irresistível da Iara, uma linda índia com cabelos longos e pretos ,corpo muito bonito e ao som de uma música mágica leva as pessoas para o fundo das águas, onde existe o seu reino. Iara além de possuir um belo canto também contava com a sua beleza, podendo ao sair da água assumir a forma humana de uma mulher.

Lendas do Brasil

Guaraná

Conta a Lenda que em uma aldeia dos índios Maués havia um casal, com um único filho, muito bom, alegre e saudável. Ele era muito querido por todos de sua aldeia, o que levava a crer que no futuro seria um grande chefe guerreiro. Isto fez com que Jurupari, o Deus do mal, sentisse muita inveja do menino. Por isso resolveu matá-lo. Então, Jurupari transformou-se em uma enorme serpente e, enquanto o indiozinho estava distraído, colhendo frutinhas na floresta, ela atacou e matou a pobre criança.
Seus pais, que de nada desconfiavam, esperaram em vão pela volta do indiozinho, até que o sol foi embora. Veio a noite e a lua começou a brilhar no céu,  iluminando toda a floresta. Seus pais já estavam desesperados com a demora do menino. Então toda a tribo se reuniu e saíram para procurá-lo. Quando o encontraram morto na floresta, uma grande tristeza tomou conta da tribo. Ninguém conseguia conter as lágrimas. Neste exato momento uma grande tempestade caiu sobre a floresta e um raio veio atingir bem perto do corpo do menino. Todos ficaram muito assustados. A índia-mãe disse: "...É Tupã que se compadece de nós. Quer que enterremos os olhos de meu filho, para que nasça uma fruteira, que será nossa felicidade". E assim foi feito. Os índios plantaram os olhos do indiozinho imediatamente, conforme o desejo de Tupã, o rei do trovão.

Alguns dias se passaram e no local nasceu uma plantinha que os índios ainda não conheciam. Era o Guaranazeiro. É por isso que os frutos do guaraná são sementes negras rodeadas por uma película branca, muito semelhante a um olho humano.

Lendas do Brasil

Lenda do Diabinho da Garrafa

O Diabinho da Garrafa também é conhecido como Famaliá, Cramulhão, Capeta da Garrafa, entre outros nomes, este ser é fruto de um pacto que as pessoas afirmam que se pode fazer com o diabo, este pacto consiste na maioria das vezes de uma troca, a pessoa pede riqueza em troca dá sua alma ao diabo. Depois de feito o pacto a pessoa tem que conseguir um ovo que dele nascerá um diabinho de 15 cm à aproximadamente 20 cm, mas não se trata de um simples ovo de galinha, e sim um ovo especial, fecundado pelo próprio diabo. O Diabinho da Garrafa tem as seguintes características: Nasce de um ovo (em algumas Regiões do Brasil acredita-se que ele pode nascer de uma galinha fecundada pelo diabo), em outras  Regiões acreditam que ele nasce de um ovo colocado não por galinha e sim por um galo, este ovo seria do tamanho de um ovo de codorna; para conseguir tal ovo, a pessoa deve procurá-lo durante o período da quaresma , e na primeira sexta feira após conseguir o ovo, a pessoa vai até uma encruzilhada , a meia noite ,com o ovo debaixo do braço esquerdo,após passar o horário retorna para casa e deita-se na cama. No fim de 40 dias aproximadamente, o ovo é chocado e nascerá o diabinho; de posse do diabinho, a pessoa coloca-o logo na garrafa e fecha bem fechado, com o passar dos anos o diabinho enriquece o seu dono, e no final da vida leva a pessoa para o inferno.

Lendas do Brasil

Lenda do Curupira

De acordo com a lenda o Curupira é uma entidade muito parecida com a caipora,com funções e domínios idênticos, ou seja protetor da fauna e flora.O que difere é que o Curupira sempre se apresenta montado no seu Caititu ou cateto (espécie de porco do mato), possui uma lança, arco e flechas e não possui os pés voltados para trás. Para ressuscitar os animais mortos sem seu consentimento utiliza sua lança, seu arco, ordem verbal e através do contato do focinho do Caititu.

Lendas do Brasil

Cobra Grande (Cobra Honorato)

A Lenda da Cobra grande é uma das mais conhecidas lendas do folclore amazônico que fala de uma imensa cobra, também chamada Boiúna, que cresce de forma gigantesca e ameaçadora, abandonando a floresta e passando a habitar a parte profunda dos rios. Ao rastejar pela terra firme, os sulcos que deixa se transformam nos igarapés. Conta a lenda que a cobra-grande pode se transformar em embarcações ou outros seres. Aparece em numerosos contos indígenas. Um deles conta que em certa tribo indígena da Amazônia, uma índia, grávida da Boiúna, deu à luz a duas crianças gêmeas. Uma delas, um menino, recebeu o nome de Honorato ou Nonato, e uma menina, chamada de Maria. Mas a Índia não queria as crianças e para ficar livre dos filhos, ela jogou as duas crianças no rio. Entretanto as crianças não morreram, e conseguiram sobreviver e se criaram. Honorato não fazia nenhum mal, mas sua irmã tinha uma personalidade muito perversa. Causava sérios prejuízos aos outros animais e também às pessoas.

Eram tantas as maldades praticadas por ela que Honorato acabou por matá-la para pôr fim às suas maldades.   Segundo muitas pessoas narram, Honorato em algumas noites de luar, perdia o seu encanto e adquiria a forma humana transformando-se em um belo e elegante rapaz, deixando as águas para levar uma vida normal na terra.

Para que se quebrasse o encanto de Honorato era preciso que alguém tivesse muita audácia para derramar leite na boca da enorme cobra e fazendo um ferimento na cabeça dela até sair sangue. Porém ninguém tinha coragem de enfrentar a enorme cobra. Até que um dia um soldado de Cametá (município do Pará) conseguiu libertar Honorato do terrível encanto, e ele deixou de ser cobra d'água para viver na terra como um homem e com sua família.

Lendas do Brasil

Capelobo

Esta Lenda é muito comum na Região dos Rios do Pará e também no Maranhão. O nome Capelobo é a união de um nome de significado provavelmente indígena, onde Cape (osso quebrado, torto ou aleijado) + lobo. O Capelobo pode aparecer com duas formas distintas: Forma de animal onde parece com uma anta, porém com características mais distintas, é maior que uma anta comum, é mais rápido, apresenta um focinho mais parecido com o de um cão ou porco, e longos cabelos e forma humana: Aparece com o corpo metade homem , com focinho de tamanduá, e corpo arredondado.
Costuma sair a noite , rondando as casas e acampamentos que ficam dentro das florestas, costuma apanhar cães e gatos recém nascidos, mas quando captura um animal maior ou um homem ,ele quebra o crânio e come o cérebro  ou bebe o sangue. Só é morto com um ferimento no umbigo.

Lendas do Brasil

Lenda do Caipora

A lenda do Caipora é bastante evidenciada em todo o Brasil, está presente desde os indígenas, e é a partir deles que surgiu este mito. Segundo muitas tribos, principalmente as do Tronco Lingüístico Tupi-Guarani, o Caipora era uma entidade que possuía como função e dom o controle e guarda das florestas,e tudo que existia nela.Com o contato com outras civilizações não - indígenas, esta divindade foi bastante modificada quanto a sua interpretação, passando a ser vista como uma criatura maligna.Com o passar dos tempos muitas pessoas ainda continuam a relatar sua aparição, isto se dá na maioria das vezes com pessoas no interior de matas, o local onde caipora habita. 

Segundo as pessoas que já viram Caipora, as características variam e a impressão que se tem dela pode variar dependendo se Caipora quer perturbar ou ajudar a pessoa.

Muitas pessoas afirmam que Caipora é um menino moreno , parecido com um indiozinho,olhos e cabelos vermelhos, possui os pés virados para trás.Outras pessoas dizem que ele parece com um indiozinho possui uma lança, um cachimbo,já outras pessoas o descrevem igual aos modelos anteriores porém com apenas um olho.

Caipora tem o poder de ressuscitar qualquer animal morto sem sua autorização, para isso apenas fala para que o bicho ressuscite. Por ser muito veloz às vezes as pessoas apenas sentem Caipora como se fosse uma rajada de vento no mato.Para entrar numa mata com permissão da Caipora, a pessoa deve levar sempre uma oferenda para ela, como um Pedaço de Fumo-de-Rolo, um Cachimbo. Caipora emite um som estridente causando que causa arrepios e pavor a todos os que o escutam. Em algumas regiões do Brasil Caipora é conhecido como o Curupira.

Lendas do Brasil

Lenda do Boto

De acordo com a lenda, um boto cor-de-rosa sai dos rios nas primeiras horas das noites de festa e com um poder especial, transforma-se em um lindo jovem vestido com roupas brancas. Ele usa um chapéu branco para encobrir o rosto e disfarçar o nariz grande. Nas festas, com seu jeito galanteador e falante, o boto dança, bebe, se comporta como um rapaz normal e  aproxima-se das jovens solteiras, seduzindo-as. Logo após, consegue convencer as mulheres para um passeio no fundo do rio, local onde costuma engravidá-las. Na manhã seguinte volta a se transformar no boto, pois o seu encantamento só acontece à noite.

Lendas do Brasil

Lenda do Boitatá

Diz a lenda que há muito tempo atrás, uma noite se prorrogou muito parecendo que nunca mais haveria luz do dia. Era uma noite muito escura, sem estrelas, sem vento, e sem barulho algum dos bichos da floresta, era um grande silêncio. Os homens viveram dentro de casa e estavam passando fome e frio. Não havia como cortar lenha para os braseiros que mantinham as pessoas aquecidas, nem como caçar naquela escuridão. Era uma noite sem fim. Os dias foram passando e a chuva começou, choveu muito, esta chuva inundou tudo e muitos animais acabaram morrendo. Uma grande cobra que vivia em repouso num imenso tronco despertou faminta e começou a comer os olhos de animais mortos que brilhavam boiando nas águas. Alguns dizem que eles brilhavam devido a luz do último dia em que os animais viram o sol. De tanto olhos brilhantes que a cobra comeu, ela ficou toda brilhante como fogo e transparente. A cobra se transformou num monstro brilhante, o Boitatá. Dizem que o Boitatá assusta as pessoas quando elas entram na mata à noite. Mas muitos acreditam que o Boitatá protege as matas contra incêndios.

Lendas do Brasil

Açaí

Conta a Lenda que há muito tempo atrás, quando ainda não existia a cidade de Belém, vivia neste local uma tribo indígena muito grande. Como os alimentos eram insuficientes, tornava-se muito difícil conseguir comida para todos os índios da tribo. Então o cacique Itaki tomou uma decisão muito cruel. Resolveu que a partir daquele dia todas as crianças que nascessem seriam sacrificadas para evitar o aumento populacional de sua tribo. Até que um dia a filha do cacique, chamada Iaçã, deu à luz uma bonita menina, que também teve de ser sacrificada. Iaçã ficou desesperada, chorava todas as noites de saudades de sua filhinha. Ficou por vários dias enclausurada em sua tenda e pediu à Tupã que mostrasse ao seu pai outra maneira de ajudar seu povo, sem o sacrifício das crianças. Certa noite de lua Iaçã ouviu um choro de criança. Aproximou-se da porta de sua oca e viu sua linda filhinha sorridente, ao pé de uma palmeira. Inicialmente ficou parada, mas logo depois, lançou-se em direção à filha, abraçando - a . Porém misteriosamente sua filha desapareceu. Iaçã, inconsolável, chorou muito até desfalecer. No dia seguinte seu corpo foi encontrado abraçado ao tronco da palmeira, porém no rosto trazia ainda um sorriso de felicidade e seus olhos negros fitavam o alto da palmeira, que estava carregada de frutinhos escuros. Itaki então mandou que apanhassem os frutos, deles foi obtido um suco avermelhado que batizou de AÇAÍ, em homenagem a sua filha (Iaçã invertido). Alimentou seu povo e, a partir deste dia, suspendeu sua ordem de sacrificar as crianças.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

A Lenda da Atlântida ou Atlantis


Segundo a lenda, há muito tempo teria existido um grande continente, chamado Atlântida ou Atlantis. Situava-se no meio do oceano que recebeu o seu nome- o oceano Atlântico- em frente às Portas de Hércules de que nos fala a Mitologia Grega. Essas portas erguiam-se no local onde hoje está o Estreito de Gibraltar, fechando por completo o Mar Mediterrânico.


Hipóteses sobre a localização geográfica de Atlântida

A Lenda


Ilustração de Lloyd K. Townsend.

Atlântida teria sido um paraíso, uma lendária ilha cuja primeira menção conhecida remonta a Platão em suas obras "Timeu ou a Natureza" e "Crítias ou a Atlântida". Era composta de exóticas paisagens, com clima agradável e belas florestas, ao lado de extensas e férteis planícies. Os animais eram dóceis, porém fortes. E havia as cidades, grandes e pequenas. Os atlantes eram senhores de uma civilização muito avançada. Palácios e templos cobertos de ouro e outros metais preciosos destacavam-se numa paisagem onde o campo e a cidade conviviam em harmonia. Jardins, fontes, ginásios, estádios, estradas, aquedutos, pontes. Estavam por todo o lado e a disposição de todos. Desta abundância nasceram e prosperaram as artes e as ciências. Eram muitos os artistas, músicos e grandes sábios.

Mas não viviam completamente tranquilos, pois não estavam sozinhos no mundo. Em razão disso, apesar de cultivarem a paz e a harmonia nunca deixaram de praticar as artes da guerra, já que vários povos, movidos pela inveja, cobiçando a sua riqueza, tentavam conquistar o continente. As vitórias obtidas contra os invasores foram tão grandiosas que logo despertaram  o orgulho e a ambição de passar ao contra ataque. Já não pensavam em apenas defenderem-se, mas em  aumentar o território de Atlântida. Assim o poderoso exército Atlante preparou-se para a guerra e aos poucos foi conquistando grande parte do mundo conhecido, dominando vários povos e várias ilhas em seu redor, uma grande parte da Europa Atlântica e parte do Norte de África. Os seus corações até então puros foram endurecendo como as suas armas. Enquanto se perdia a inocência nascia o orgulho, a vaidade, o luxo desnecessário, a corrupção e o desrespeito para com os deuses. Poseidon convocou então os outros deuses para julgar os atlantes e decidiu aplicar-lhes um castigo exemplar. E como consequência vieram terríveis desastres naturais.

As terras da Atlântida estremeceram violentamente, o dia fez-se noite, e logo em seguida surgiu o fogo queimando as florestas e campos de cultivo. O mar inundou a terra de Atlântida com ondas gigantes, engolindo as aldeias e cidades. Em pouco tempo  Atlântida desaparecia para sempre.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Gêngis Khan


Imperador dos mongóis (1162-1227). Como guerreiro e conquistador, reuniu um dos maiores impérios da história do planeta.

Nascido às margens do Rio Orhon, filho de um chefe que comandou a Mongólia desde a região de Amur até a Grande Muralha da China, Temujin sucedeu ao pai quando tinha treze anos de idade. Mas não havia obtido nenhuma vitória militar até derrotar os keraites em 1203. Com isso, seu povo o declarou Gêngis Khan, que significa "imperador universal". O novo título foi aceito sem hesitação e, para fazer jus a tamanha homenagem, ele decidiu sair numa campanha de eonquista que duraria nada menos que 25 anos. Gêngis primeiro voltou sua atenção para os tártaros. Após derrotá-los, ele seguiu para o sul em direção à China, onde a dinastia Sung estava à beira da ruina e, portanto, era um alvo fácil para os saqueadores mongóis. Gêngis capturou Beijing em 1214 e em pouco tempo ocupou a maior parte da Ghina. Durante séculos, os mongóis haviam sido um povo nômade que vivia nas vastas planícies da Ásia central. Eles se espalhavam pelas estepes e viviam lutando entre si e pilhando vilarejos nas franjas do Império Chinês. Além de sua terra natal, poucos povos jamais haviam ouvido falar nos mongóis. A Grande Muralha da China, cuja construção teve início por volta de 200 d.C., os tinha mantido distantes, e a maior parte da Europa ficava a milhares de quilômetros dos desertos elevados e frios habitados pelos mongóis.

Mas, depois que Gêngis assumiu o poder, distância ou muralha não eram mais obstáculos para suas ambições. Em 1219, o "imperador universal" rumou para oeste, por terras que nunca tinham ouvido falar em suas conquistas. As Hordas Mongóis, como passaram a ser conhecidas as vastas ondas de cavaleiros fortemente armados, varreram a Rússia, detonaram o Império Persa, engoliram a Polônia e a Hungria e ameaçaram a Europa como um todo.

O chefe guerreiro dos mongóis, que não tinha muita afinidade com os finos produtos das civilizações chinesa e européia, dormia em uma tenda e costumava cavalgar um rápido e robusto garanhão mongol. É bem provável que ele tenha sido o líder militar de maior sucesso na história do mundo. Gêngis Khan não via limites para a expansão do Império Mongol. Pelos oito anos seguintes, ele reuniu o mais longo império contínuo que o mundo já havia visto. O sucesso de suas Hordas destruidoras, no entanto, dependia totalmente da habilidade e liderança de Gêngis Khan e da unificação dos mongóis. Durante algum tempo após sua morte, quando ele foi sucedido por seu terceiro filho, Ogodei Khan (1185-1241), as conquistas continuaram. Mas, depois, o império começou a se esfacelar e as Hordas Mongóis tomaram o rumo de casa. Na China, a dinastia Mongol, ou Yuan, teve vida longa: ela resistiu até 1368.

A grande importância de Gêngis Khan e do Império Mongol na história foi o de terem tornado povos de lados opostos do mundo, como a China e a Europa, cientes um do outro. As Cruzadas haviam reaberto o antigo diálogo entre a Europa e o Oriente Médio, mas, antes dos mongóis, os europeus em sua maioria ignoravam a existência do Extremo Oriente.

Henrique VIII


Monarca inglês (1491-1547). Desafiou a autoridade do papa e acabou fundando a Igreja Anglicana na Inglaterra.

O mais famoso rei inglês desde Guilherme, o Conquistador, e provavelmente também o mais controverso, Henrique VIII nasceu em Greenwich e era o segundo filho de Henrique VII (1457-1509), primeiro monarca inglês da casa dos Tudor. Henrique chegou ao poder numa época de grandes conflitos entre Inglaterra e França. Mas, mesmo assim, foi capaz de selar a paz entre as duas nações, conseguindo até mesmo que sua irmã se casasse com o rei francês Luis XII (1462-1515). Henrique VIII assumiu o trono inglês em 1509 e, no mesmo ano, casou-se com Catarina de Aragão (1485-1536), viúva de seu irmão Arthur.

Depois de vinte anos de casamento sem ter conseguido um herdeiro masculino, Henrique quis encerrar sua união com Catarina. O que não foi permitido pelo papa Clemente VII (1478-1534), pois a Igreja Católica não aceitava o divórcio. Em 1533,

Thomas Cranmer (1489-1556), um amigo de Henrique, tornou-se arcebispo da Cantuária, o mais alto cargo eclesiástico da Inglaterra. Assim, os dois amigos fizeram um acordo para anular o casamento de Henrique, fazendo o Parlamento declarar que o Direito Divino dos Reis substituíra a autoridade da Igreja. Naquele mesmo ano, Cranmer e Henrique retiraram a ala inglesa do Catolicismo e criaram a Igreja Anglicana.

Depois de o casamento de Henrique com Catarina de Aragão ser anulado, ele prontamente se uniu a Ana Bolena (1507-1536). Na verdade, os dois já tinham um relacionamento às escondidas, mas ela queria um casamento legalizado. Durante três anos, Ana Bolena permaneceu como rainha da Inglaterra e nesse período eles tiveram um filha, Elizabeth I (1533-1603), que, mais tarde, se tornaria uma das monarcas mais importantes da Inglaterra. Quando Henrique se cansou de Ana, ele a acusou de adultério e a decapitou em 19 de maio de 1536. Ele casou-se então com Jane Seymour (1509-1537), que morreu pouco depois do nascimento de seu filho, Eduardo VI (1537-1553).

Três anos depois, em 1540, para criar uma aliança política com os príncipes protestantes do norte da Alemanha, Henrique casou-se com Anne de Clèves (1515-1557). Mas a união durou menos de um ano. Henrique VIII escolheu então Catherine Howard (1521-1542), filha do duque de Norfolk. Mas, como já havia ocorrido com Ana Bolena, Catherine também foi decapitada por sua suposta "imoralidade". A sexta e última esposa de Henrique foi Catherine Parr (1512-1548), filha de um nobre chamado Thomas Parr. Protestante leal, ela havia apoiado totalmente o então polêmico rompimento de Henrique com a Igreja Católica. Catherine viveu ainda cinco anos após a morte de Henrique.

Deixando de lado sua inclinação por se desfazer de esposas indesejáveis, Henrique marcou sua biografia por ter criado a Igreja Anglicana, a segunda maior fé protestante depois do Luteranismo, fundado por Martinho Lutero. Outro ponto importante foi ter incorporado o País de Gales ao reino britânico e dar-lhe representação no Parlamento inglês.

João XXIII



Religioso italiano (25/11/1881-3/6/1963). Conquista admiração durante seu curto pontificado (1958-1963), ao renovar a Igreja Católica com reformas implantadas após o Concílio Vaticano II. Angelo Giuseppe Roncalli nasce em Sotto il Monte e é ordenado padre em 1904.

Serve na I Guerra Mundial (1914-1918) como capelão e, terminado o conflito, é nomeado diretor do Conselho Italiano da Obra da Propagação da Fé. Sagrado bispo em 1925, trabalha como representante papal em vários países. Durante a II Guerra Mundial (1939-1945), desempenha papel decisivo no resgate de judeus da Hungria.

Passa a cardeal em 1953 e, com a morte de Pio XII, é eleito papa aos 77 anos. Renova a vida religiosa da Igreja, atualizando os ensinamentos, as normas de disciplina e encorajando a unificação dos cristãos. Escreve importantes encíclicas, entre elas Mater et Magistra (1961), na qual realça a importância do respeito à dignidade do indivíduo como base das instituições sociais; e Pacem in Terris (1963), em que pede a cooperação internacional para a paz e a justiça. Morre no Vaticano.

Leon Tolstói



Escritor russo (9/9/1828-20/11/1910). Expoente da literatura realista, faz a crítica da sociedade e da moral na Rússia do final do século XIX, sendo considerado um dos maiores escritores de todos os tempos. Lev Nikoayevich, conde de Tolstoi, nasce na Iasnaia-Poliana, província de Tula.

Estuda línguas e leis na Universidade de Kazan, mas, insatisfeito com o sistema formal de educação, abandona os estudos antes da graduação. Em 1852 alista-se no Exército e luta na Guerra da Criméia (1853-1856). Inicia então a carreira literária, inspirado pelas experiências da vida militar.

São dessa época Contos de Sebastopol (1855) e Os Cossacos (1963). Retorna à propriedade da família e casa-se com Sônia Andreievna Bers. Enquanto escreve seus dois maiores romances, Guerra e Paz(1869) e Anna Karenina (1877), entra em crise espiritual e questiona a sociedade em que vive.

Rejeita a autoridade da Igreja Ortodoxa Russa e é excomungado em 1901. Aos 82 anos sai de casa, após várias brigas com a esposa, que não aceita seu desejo de doar as propriedades da família. Morre dias depois, de pneumonia, na estação ferroviária de Astapovo, na província de Riaz.

Carlos Lamarca




Militar e guerrilheiro fluminense (23/10/1937-17/9/1971). Filho de carpinteiro, faz o ginásio em colégio de padres e ingressa na Escola Preparatória de Cadetes, em Porto Alegre, em 1955. Dois anos depois é transferido para a Academia Militar das Agulhas Negras, em Resende (RJ), e declarado aspirante-a-oficial em 1960.

Passa a servir no 4º Regimento de Infantaria, em Quitaúna, na cidade de Osasco (SP). É enviado para integrar as Forças de Paz da ONU na região de Gaza (Palestina), de onde volta 18 meses depois. Está ligado à 6a Companhia de Polícia do Exército, em Porto Alegre, quando ocorre o golpe militar de 1964. Volta a Quitaúna em 1965 e é promovido a capitão em 1967.

Faz contatos com facções de esquerda que defendem a luta armada para derrubar a ditadura e, em 1969, abandona o quartel para unir-se à organização clandestina Vanguarda Popular Revolucionária (VPR), levando armas da guarnição para a guerrilha.

Exímio atirador, torna-se um dos mais ativos militantes da oposição armada ao Regime Militar. Participa de diversas ações, como assaltos a bancos, e instala um foco guerrilheiro no Vale do Ribeira, no sul do estado de São Paulo, desarticulado em 1970 pelo Exército.

No mesmo ano comanda o seqüestro do embaixador suíço no Brasil, Giovanni Enrico Bucher, no Rio de Janeiro, e foge para a Bahia. Em 17 de setembro de 1971 é localizado na zona agreste baiana, no município de Ipupiara, e assassinado pelas forças da repressão.

BIOGRAFIAS-Calvino


Líder religioso francês (1509-1564). Importante teólogo da Reforma Protestante, impôs hábitos austeros e puritanos aos seus seguidores.

Assim como Lutero, Calvino também teve grande importância na chamada Reforma Protestante. Ele nasceu em Noyon, na França, e estudou latim em Paris e Direito em Orleans, onde começou a se interessar por teologia e o estudo da Bíblia. Em Burgos, além de outras cidades francesas, ele começou a disseminar suas doutrinas reformistas. Em 1535, uniu-se a Nicolas Cop, reitor do Universidade de Paris, quando este anunciou seu apoio a Martinho Lutero. Acusados de heresia, ambos foram obrigado a abandonar Paris. Em 1536, Calvino publicou a primeira edição do seu A Instituição da Religião Cristã, um conciso e provocativo estudo que o colocou na vanguarda do protestantismo europeu.

Nesse mesmo ano, visitou Genebra e foi convidado a participar do movimento reformista da cidade. Calvino permaneceu em Genebra até 1538. Mas, depois, devido aos seus pontos de vista radicais, principalmente quanto à moral e à religião, também teve de abandonar a cidade e fixou-se em Estrasburgo, onde participou ativamente da vida religiosa até 1541. Em Estrasburgo, Calvino publicou o primeiro de seus numerosos volumes comentários sobre os livros da Bíblia. Nesse mesmo ano, no entanto, ele foi convencido a voltar para Genebra, onde não foi só chefe religioso como também governante e líder político. Desde então, Genebra tornou-se o principal centro protestante da Europa. Calvino impôs hábitos austeros aos cidadãos. O jogo, a dança e o canto, que não fosse ligado à igreja, por exemplo, eram proibidos. E pessoas suspeitas de bruxaria, assim como quem discordava de Calvino, foram queimadas vivas em fogueiras. Calvino, que representou a face mais conservadora e puritana do protestantismo, morreu em Genebra em 27 de maio de 1564.

BIOGRAFIAS-Abraham Lincoln


Estadista norte-americano (1809-1865). Advogado e anti-escravagista, tornou-se um dos mais importantes presidentes dos Estados Unidos.
Ao lado de George Washington, Abraham Lincoln é considerado um dos mais importantes presidentes americanos da história. Nascido em uma cabana próximo a Hodgenville, Kentucky, em 12 de fevereiro de 1809, aos dezenove anos idade ele ingressou na tripulação de uma barcaça que transportava produtos agrícolas pelos rios Ohio e Mississípi até Nova Orleans. Em 1830, junto com seu pai, sua madrasta e seus meios-irmãos, Lincoln mudou-se para Decatur, no Illinois, onde trabalhou durante algum tempo cortando toras para cercas. Em 1831, ele deixou sua casa e trabalhou em vários tipos de empregos, como condutor de barcos e lojista.
Em 1834, Lincoln foi eleito para o Legislativo do estado de Illinois, onde ficou até 1843. tornou-se advogado em 1837 e foi eleito para a Câmara Representativa dos Estados Unidos em 1846, onde cumpriu um mandato antes de voltar para Springfield, Illinois, para exercer a advocacia. Abolicionista convicto, e crítico declarado da escravatura, Lincoln participou de vários debates com o orador e senador americano Stephen Douglas (1813-1861) sobre se a escravatura deveria ou não ser legalizada nos novos territórios que se haviam tornado estados.
A oratória brilhante de Lincoln nos Debates Lincoln-Douglas o fizeram famoso nacionalmente, e o recém-formado Partido Republicano o escolheu para concorrer contra Douglas nas eleições para o Senado americano em 1858. Embora tenha perdido, em 1860 os republicanos o escolheram como candidato à presidente. E Lincoln foi eleito.

Em 4 de fevereiro de 1861, pouco depois de ele assumir o cargo, os onze estados sulistas – Alabama, Arkansas, Flórida, Geórgia, Louisiana, Carolina do Norte, Mississípi, Carolina do Sul, Texas, Tennessee e Virgínia – sc separaram da União e formaram os Estados Confederados da América. Lincoln, então, decidiu ir à guerra para tentar restaurar a União. Era o início da Guerra Civil Americana (1861-1865), ou Guerra de Secessão, um conflito que colocava em choque pontos de vista muito diferentes. Enquanto o Norte queria que os Estados Unidos continuassem a ser uma única nação, o Sul pretendia que se formassem duas nações independentes. Apesar da superioridade militar e industrial da União, a primeira grande batalha, que ocorreu no dia 21 de julho de 1861, teve uma esmagadora vitória da Confederação. Por dois anos consecutivos, as forças da União tentaram partir para a ofensiva, mas os confederados sempre as derrotavam.
A história começou a mudar em julho de 1863, quando ocorreram os dois confrontos mais sangrentos do conflito. As forças do Sul, ao tentar invadir o Norte, foram detidas em Gettysburg, Pensilvânia. E as forças da União capturaram a fortaleza dos confederados em Vicksburg, Mississípi. Foi durante uma cerimônia em Gettysburg que Lincoln proferiu um famoso discurso em que prometeu que "nesta nação, sob a graça de Deus, terá um renascimento da liberdade; e o governo do povo, pelo povo e para o povo não perecerá sobre a Terra". O sonho de Abraham Lincoln de um país unificado foi enfim assegurado. Mas, infelizmente, o próprio Lincoln não sobreviveu para usufruir a paz tão duramente conquistada. Em 14 de abril de 1865, enquanto assistia a uma apresentação no Teatro Ford, em Washington, ele foi assassinado por John Wilkes Booth (1838-1865), um ator desempregado escravagista e simpatizante da causa dos confederados.

As Revoluções Burguesas no século XVIII

sobre História por Algo Sobre


As revoluções Burguesas são um momento significativo na história do capitalismo, na medida em que serão elas que contribuirão para abrir caminho para a superação dos resquícios feudais e, portanto, para tornar possível a consolidação do modo de produção capitalista. Tais revoluções ocorreram em vários países europeus, no entanto, neste capítulo, vai-se dar ênfase especial a duas delas: a Revolução Inglesa, ocorrida no século XVII, e a Revolução Francesa, no final do século XVIII.

Para se compreender a Revolução que ocorreu na Inglaterra, é necessário compreender o quadro social lá existente, além das questões políticas e econômicas derivadas de uma sociedade onde as forças capitalistas avançavam com rapidez, mas esbarravam numa estrutura ainda eminentemente feudal. Nesse sentido, devido à crise que ocorreu no século XVII, na Europa, e em razão do avanço dessas forças capitalistas, a Inglaterra pôde conhecer uma revolução, que boa parte dos autores considera burguesa, pelos efeitos sobre a estrutura econômica inglesa.

As razões que propiciaram a eclosão do movimento revolucionário, sumariamente são:
a) o Estado absolutista inglês (desde 1603 o governo estava nas mãos da dinastia Stuart) era, apesar disso, tremendamente frágil: não possuía exército permanente nem uma burocracia organizada, além de possuir rendimentos financeiros pouco expressivos; as tentativas dos reis Jaime I e Carlos I em aumentarem os impostos e terem um exército à sua disposição, eram vistas com desconfiança pelo Parlamento;

b) as condições econômicas da Inglaterra, devido ao período mercantilista. Sob o governo da dinastia Tudor (1485-1603), a Inglaterra tornou-se uma grande potência marítima. Foi também neste período que o sistema de "putting-out" ou indústria doméstica surgiu, determinando mudanças na estrutura da produção;

c) a Reforma religiosa na Inglaterra determinou a perda das terras da Igreja, que foram tomadas pelo Estado e vendidas para a burguesia e para a nova nobreza (gentry) que estavam preocupadas com o cercamento das terras para a criação de ovelhas, cuja lã atendia às manufaturas. Assim, passou a haver uma estreita associação de interesses entre a burguesia mercantil e a gentry;

d) as transformações na estrutura social, derivadas das transformações econômicas citadas acima. A diferenciação social entre cidade e campo era bastante nítida. No campo estavam os Pares (aristocracia, ou alta nobreza, essencialmente feudal); a gentry (nobreza de status); os yeomen (pequenos e médios proprietários rurais); os arrendatários e os jornaleiros. Havia ainda, nas cidades, os elementos ligados 1as corporações de ofícios.
A Revolução Inglesa tem início no governo de Carlos I (1625-1640), devido às tentativas desse rei em aumentar os impostos. Em 1637 ele lançou o "ship money", e a população se rebelou. Paralelamente, a monarquia procurava restringir os cercamentos, afastar a gentry da Corte e reforçar os privilégios dos Pares. Os protestos do Parlamento levaram Carlos I a dissolvê-lo, convocando um outro, que ficou conhecido como Short Parliement (Parlamento Curto), logo dissolvido por se recusar a permitir novos impostos. O parlamento convocado logo a seguir, conhecido como Long Parliament (Parlamento Longo), toma atitudes drásticas: depõe o primeiro-ministro, revoga os impostos que o rei havia decretado e estabelece que apenas o Parlamento poderia se autodissolver; o rei não poderia mais tomar tal atitude.

Em 1640, para vencer os irlandeses, o rei organiza um exército próprio, que será levado a lutar contra o Parlamento. Tem início a Revolução, que passa pelas seguintes etapas:
a) 1640-42 - a Grande Rebelião. O Longo Parlamento toma atitudes (como as citadas acima) francamente hostis ao monarca.

b) 1642-48 - a Guerra Civil. Do lado do rei alinham-se anglicanos e católicos, portanto, essencialmente os Pares e alguns setores da gentry, principalmente os das regiões Norte e Oeste da Inglaterra; aolado do Parlamento encontramos presbiterianos e seitas radicais; os yeomen, a burguesia mercantil e setores dda gentry, especialmente os do Sul e do Leste da Inglaterra. A vitória do Parlamento só se tornou possível pela organização do New Model Army (Novo exército modelo), de Cromwell. Foi graças a esse exército, onde a promoção ao oficialato se fazia pelo mérito, que o Parlamento conseguiu vencer as tropas reais. Após a prisão do rei, surgiram conflitos entre os vencedores, pois alguns defendiam a condenação à morte do rei (radicais), enquanto os moderados insistiam na continuação da monarquia. Os radicais conseguiram se impor e Carlos I foi condenado.

c) 1648-58 - a República de Cromwell. Oliver Cromwell esmagou violentamente os movimentos radicais dentro do exército (niveladores e cavadores, cujas idéias serão examinadas no texto de aprofundamento); decretou os Atos de Navegação que consolidaram a marinha inglesa e permitiram, em breve, à Inglaterra dominar os mercados mundiais; seu governo era uma república ditatorial, denominada Protetorado.

d) 1658-60 - o fim da da República.Após a morte de Cromwell, seu filho Richard foi deposto pelo exército, num golpe tramado pelo Parlamento. Optou-se pela restauração da dinastia Stuart.

e) 1660-88 - a restauração Stuart.O Parlamento é depurado dos elementos radicais. Tenta-se a monarquia limitada, mas quando Jaime II tenta restaurar o absolutismo e o catolicismo a situação chega ao limite.

f) 1688-89 - a Revolução Gloriosa. Esta "revolução" nada mais foi do que um golpe do Parlamento contra Jaime II. Colocando no poder Guilherme de Orange, um genro de Jaime II, a gentry e a burguesia, na realidade, estão assumindo o poder, uma vez que pelo "Bill of Rights" (Declaração de Direitos), de 1689, fica definitivamente limitado o poder monárquico na Inglaterra, caminhando-se, portanto, para a instalação do Parlamentarismo.
Por esta breve síntese, pode-se perceber por que a Revolução Inglesa é considerada uma revolução burguesa. Foi ela, na realidade, que abriu as condições para a instauração do modo de produção capitalista, via Revolução Industrial, na medida em que estabeleceu a plena prosperidade privada sobre a terra, permitiu à marinha inglesa controle sobre os mercados mundiais e, ao intensificar os cercamentos, proletarizou uma grande massa de pessoas.

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Ciência Política - Montesquieu

Jean Jacques Rousseau - Sua Obra

Filme Lampião O Rei do Cangaço (1964) Completo parte unica


Sinopse:
Os últimos dias de Lampião e Maria Bonita. A ação tem inicio com o seqüestro por Lampião do geólogo inglês Steve Chandler. O cangaceiro usa Joana Bezerra como intermediária para negociar o resgate com o governo da Bahia: 40 contos de Réis pela vida do Refém. Em Salvador, o jornalista Lindolfo Macedo descobre que o governo pretende mandar prender Argemiro, irmão honesto e trabalhador de Lampião, para forçar o cangaceiro a soltar o inglês. O jornalista parte então para o sertão na esperança de encontrar Argemiro primeiro. Mas o governador decide enviar tropas comandadas pelo tenente Zé Rufino, tradicional perseguidor de Lampião, para capturar o bandido.
A partir daí tem inicio uma série de negociações, perseguições e fugas, durante as quais o grupo vive momentos de grande tensão, tanto pela presença de Chandler quanto pelo desaparecimento de Maria Bonita. O governo e a embaixada inglesa oferecem recompensas para quem fornecer pistas sobre o paradeiro do bando. O cerco se aperta. A volante de Zé Rufino, descobre o bando na fazenda de Manoel Severo, onde Lampião e Maria Bonita haviam ido visitar Expedita, a filha do casal. Por fim, em 28 de Julho de 1938, Lampião e Maria Bonita são metralhados na Serra de Angicos.

A Missão Dublado


Em pleno século XVIII, mais de duzentos anos após a descoberta do Brasil, havendo falta de mão-de-obra, os índios eram caçados e forçados a servir como escravos nas plantações dos colonos Europeus. A Companhia de Jesus, ordem religiosa jesuíta, teria então por missão evangelizar os índios, e, uma vez convertidos à Fé Cristã, os índios estariam a salvo da escravidão. Já no século XVIII, em São Paulo e Minas Gerais, sendo a mão-de-obra escrava ainda muito procurada, e porque muitos índios locais já haviam migrado mais para o Sul, iniciou-se o processo de uso das entradas e bandeiras, incursões na mata de grupos de caçadores de novos escravos, na região das Missões jesuíticas. Aí se deu um confronto histórico, em que as Missões, com centenas de índios catequizados, que já conheciam a música clássica, a escrita, e a Bíblia, viriam a ser capturados eventualmente, em confrontos com os Bandeirantes.

O filme retrata este período - da chegada dos bandeirantes às Missões. E o único apoio às Missões seria agora do Rei de Espanha (pois as Missões eram reduções espanholas). As cortes iluministas da Europa opuseram-se aos ensinamentos e influência da Companhia de Jesus, e é certo que as autoridades portuguesas viam certas vantagens em livrar-se da presença da mão religiosa nesta área, pretendendo escravizar as comunidades índias abrigadas sob a protecção das Missões. O filme culmina quando as coroas Portugal e Espanha, em conluio com o emissário do Papa, e após a celebração do Tratado de Madrid, procedem por à exclusão do catequização dos índios por conta da pressão e da possível supressão da ordem jesuíta acusada de regicídio pelo Marquês de Pombal, ficando estes à mercê dos bandeirantes paulistas, e quando alguns jesuítas permanecem tentando defendê-los.

sábado, 26 de novembro de 2011

A Arte na Europa no Século XVIII – História da Arte

Pierre du Columbier – História da Arte
A Arte na Europa no Século XVIII
Preponderâcia francesa   O papel de mestra das artes que aItália assumira havia dois séculos,passa de facto, durante o século xviii, para a França. A mudança opera-se de maneira mais prática do que teórica. Porque esta França tão imitada não cessa de enviar os seus artistas à Academia fundada por Colbert em Roma e de venerar os gigantes da Renascença. É certo que se não abstém de criticar os seus sucessores e particularmente esse espírito barroco cujos êxitos, entre nós, foram sempre passageiros e se limitaram a actividades menores, como a ourivesaria ou o mobiliário, não sem incorrer aliás nas condenações severas de muitos artistas.
O que a nossa arte então colhe é primeiramente o resultado da gigântea empresa de coordenação levada a cabo sob o cetro de Luís xiv. Ela criou o cenário ideal dum género de vida, a duma antes de tudo de maravilhosas tradições técnicas: é o estilo a que chamamos Luís xvi, em que a severidade se tempera com um sorriso e em que o mobiliário, indo buscar motivos ao Egipto e à Grécia, mantém a sua gracilidade. Gabriel dá-nos, no Pequeno Trianon, um exemplo requintado deste aticismo de boa fibra. Mais másculo, Louis edifica o teatro de Bordéus e Antoine a Casa da Moeda. Soufflot ergue a sua magnífica Igreja de Santa Genoveva, cuja cúpula, levantada sobre um alto tambor, é a mais altaneira de Paris. Devemos felicitar-nos sem dúvida por que considerações de solidez o tenham forçado a tapar as janelas que havia rasgado: o Panteão ganhou assim uma severidade um pouco dura. Formam-se nesta escola curiosos temperamentos, como Ledoux autor da surpreendente salina de Arc-et-Senans e dos pavilhões das portas de Paris, cheio de projectos gigânteos que só muito parcialmente levou a cabo e em que toda a gente encontra alguma coisa de seu gosto, tanto os fanáticos da antiguidade como os amadores da nudez arquitectónica.

Ao dealbar do século, havia já algum tempo que a pintura fermentava. Lebrun não pudera conservar até ao fim o seu domínio intransigente. Que, por sua morte, haja sido substituído no favor do Rei pelo medíocre e velhíssimo Mignard, não tem em si grande importância. Mas tem-na, e muito maior, a revolta dos amadores, sob a direcção do crítico Roger de Piles, fervoroso amador de Rubens. Em volta dele, havia impaciência em sacudir o jugo — e Nicolas Poussin, em cujo nome esse jugo era imposto, viu-se discutido pela primeira vez. Lembraram-se os direitos da cor. Os Flamengos não tinham perdido, no foro de muitos amadores, o seu lugar privilegiado; e, na forte escola de retratistas do século, o artista mais apreciado não era talvez tanto Rigaud, autor das efígias oficiais do Rei, como Nicolas de Largillière, robusto discípulo dos pintores dos Países Baixos e que de bom grado prescindia das encomendas da Corte, achando mais rendosa a clientela particular. Era uma tradição análoga que se perpetuava também com Desportes, cujo pincel estava sempre pronto a representar tanto a baixela do Rei como os cães das suas matilhas. Magnífico pintor, aliás, esse Desportes, cujos estudos de animais, feitos no Jardim do Rei, são de firmeza pouco comum, enquanto os seus esboços de paisagens, recentemente descobertos, dão mostras dum género de sensibilidade e duma espécie de modernidade igualmente inesperados.
Em suma, tudo estava pronto para a reacção. Surgiu um grande pintor para lhe dar autoridade: Antoine Watteau. Com ele, as lições do Ticiano e de Rubens, seus verdadeiros mestres, adquiriam direitos de cidade entre nós. Mas Watteau é sobretudo um mestre profundamente original por uma poesia de que tem o segredo. O que, nos Flamengos, era abundância, exuberância, transforma-se em distinção, em finura. E lícito ver em certas obras da maturidade de Rubens, nos Jardins do Amotem especial, a origem dos temas dos franceses, das suas festas galantes, como lhes chamaram; mas na arte do segundo descobre-se um sentimento leve, impalpável, terno até à melancolia. Watteau apossou-se do  artificial da comédia para murmurar a sua canção. Nunca insiste nem força a nota, antes acaricia. Mergulha as formas na bruma doirada duma paisagem imaginada como sendo a Ilha de Citera. Uma vez, para o seu amigo Gersaint, quando ele próprio estave prestes a sucumbir à tísica que o levou, pintou pura e simplesmente a loja do negociante-coleccionador. E esta pintura puramente anedótica toma um aspecto de magia, graças à escolha deliciosa das cores: os cinzentos de linho, os setins brancos e pretos, os malvas, os tons loiros do tabaco. Para conhecer Watteau, convém ainda ter admirado os seus desenhos, em que o gordo da sanguínea se combina com o gordo do carvão para celebrar a mulher de formas cheias, que se adelgaçam graças à elegância do vestido.
Watteau morreu em 1721: é pois, durante a maior parte da sua vida, um pintor do reinado de Luís xiv — e da parte mais sombria do reinado de Luís xiv — portanto o contemporâneo de Madame de Maintenon. Possuindo o privilégio dos poetas, ele soube prever e, por isso, quase não sofreu a influência do meio.
Pela escolha dos assuntos, pela maneira de os entender, criou uma escola, a dos pequenos mestres das Festas Galantes. Os melhores de entre eles, Lancret e Pater, estão muito longe de nada valer. Falta-lhes contudo «não sei quê», um «não sei quê» de alado, para rivalizarem com Watteau. Lancret, o que mais dele se aproxima, é no entanto um pouco acanhado, um pouco seco e, muitas vezes, as suas criaturas têm mais o ar de manequins demodas do que de seres de carne e osso; no conjunto, carece de qualidades másculas. O mesmo sucede com Boucher, que foi o predilecto da sua época e só muito relativamente podia merecer tal preferência. Ele reconquistou-a contudo em nossos dias. Ninguém, por certo, iguala Boucher no arranjo dum quadro, e este apaixonado da mulher criou um tipo gordo, sensualmente provocador, admirável para cativar os olhos. Os seus desenhos voluptuosos e redondos valem quase sempre mais do que as suas pinturas, cujo colorido açucarado é terrivelmente convencional. O decorador, superior ao pintor, compôs cartões de tapeçarias mais do que agradáveis, em que essa convenção, longe de molestar, faz o efeito duma ideia preconcebida.
A um género muito diverso pertence Fragonard, cuja carreira se prolonga para além do fim do século. Perante certas telas em que Frago prodigalizou os tons mais raros, perante a sua Bacante adormecida, carne rósea numa poeira luminosa, perante as suas Lavadeiras, em que brincam os cinzentos mais subtis, é caso para dizer que este meridional de bom humor tinha o génio da pintura. Cometeu talvez o erro de não crer inteiramente nos seus raros dons e de se contentar com excessiva facilidade. Mas como levar–lhô a mal ?! A veia das suas sépias, obtidas com pincéis levíssimos e animados por um movimento endiabrado, não permite qualquer espécie de censura.
Ao pé de Frago, não se pode omitir o que foi o seu companheiro das descuidosas vadiações em Itália, o alegre Hubert Robert Por certo, Hubert Robert, pintor em demasia, demasiado raras vezes mostrou como houvera podido pintar. Paisagista fácil, não desconfia tanto como convinha do prazer que espalha à sua roda e limita-se de bom grado a um efeito decorativo que não lhe custa nenhum esforço sério, mas que seria de desejar que confrontasse com a natureza, cuja profunda poesia de todo lhe escapa. Joseph Vernet, com menor espontaneidade e dons menos brilhantes, tinha mais assento. As suas vistas quase documentárias dos portos de França são também óptimas pinturas. Excelente paisagista, mas apenas excelente, não pertencia ao número daqueles que promovem as revoluções em pintura. Aceitou a convenção geral da sua época e usou dela com distinção.
Não nos deixemos no entanto burlar facilmente, uma vez mais,pelo carácter ligeiro da pintura no século xvni: esta época teve retratistas iguais aos que a escola francesa produziu de melhor no seu género. Maurice Quentin de Latour usa do pastel com um vigor de que se julgava quase incapaz esta matéria. A natureza tinha-lhe conferido o dom de apanhar num relance os traços mais salientes duma fisionomia, e as suas «preparações» famosas, de que o Museu de Saint-Quentin possui bom número, asseguram-lhe um alto lugar. Acontece-lhe por vezes estragá-las com uma feitura demasiado minuciosa, de precisão fotográfica. A sua sensibilidade da cor, ou até pura e simplesmente a sua sensibilidade, era muito inferior à do seu rival Perronneau, cuja voga foi no entanto menor do que a sua e que percorreu a província em cata de modelos. Mas a veia criadora não estanca. No fim do século, situam-se as obras-primas de Aved, de Duplessis. E numerosos pintores quase desconhecidos ou até anónimos pintam na província figuras que são por vezes duma verdade e duma inteligência superiores.
O que há nestes artistas de comum é serem a eflorescência da sociedade em que viveram. Em certos séculos, a arte surge como um refúgio, em que õs artistas parecem protestar contra a crueldade ou.contra o filistinismo do seu tempo. No séculoxviii, quadram exactamente com o mundo que os rodeia e a que procuram agradar. A sua arte é essencialmente sociável, amável, de boa companhia; não visa demasiado alto, nem quando o artista se chama Antoine Watteau; sorri, hostil às grandes empresas como aos grandes sentimentos. Eis a sua força e a sua fraqueza. Quando a moda do antigo se fez sentir na pintura como noutros sectores, só produziu medíocres artistas, como Vien, mas a sua própria gravidade é ainda galante: foi preciso o rude pulso de David para restabelecer a ordem em todo este domínio.
Que se não pretenda no entanto que tal concepção da pintura é em extremo superficial. Poder-se-ia antes demonstrar que ela corresponde a necessidades bastante profundas para que a arte do século xvii, após um momento de eclipse, tenha readquirido uma voga sem igual, a ponto de que há por vezes que protestar contra certos excessos de entusiasmo. Tudo o que recorda esta sociedade brilhante goza dos benefícios do amor e dos benefícios do dinheiro, sem que a moda pareça desmentir-se. Esta abrange ainda, bem entendido, os desenhadores que contaram a história desse mundo encantador já extinto, os anedotistas como Moreau o Moço ou os Saint-Aubin. A falar verdade, são testemunhas de valor excepcional. Sempre esquadrinhadores, em cata de todos os espectáculos, aproveitam o que encontram. O menor rabisco da sua mão, o que improvisam em meia dúzia de traços de lápis na margem dum catálogo de venda é um prodígio de segurança, de habilidade e de espírito.
No entanto, os direitos da pintura, no que ela possui de mais profundo, de mais rebelde à análise, de mais independente do assunto representado, não são esquecidos, porque o século xviii é também o século de Chardin. Mais do que qualquer outro, soube Chardin tirar proveito da lição dos Flamengos, dos quais herdou a habilidade de escamotear todas as dificuldades, o dom de tudo transformar em matéria pictórica; mas a sua sensibilidade é de outro quilate. Chardin é um puro Francês, um Francês que passou a vida num horizonte estreito, entre Saint-Germain-des-Prés, bairro em que nasceu, e o Louvre, onde teve mais tarde aposentadoria. Em determinada época, foi moda opor Chardin, pintor das virtudes burguesas e do Terceiro Estado, pretensamente obscuro, aos pintores da alta roda. Esta oposição é por completo artificial. Ninguém foi mais apreciado no seu tempo do que o bonacheirão Chardin e esse bonacheirão, que não era destituído de finura, soube lindamente fazer valer os seus créditos junto dos gazeteiros e dos críticos. Vendia os seus quadros por alto preço e o sufrágio dos seus pares deu-lhe um lugar preponderante na Academia: nos Salões, desempenhava as funções de promotor de vendas. Sem nenhuma dúvida, a sua arte difere profundamente da de Watteau e da sua escola. Primeiro pelos assuntos: pintou sobretudo naturezas mortas sabiamente compostas, mas sem o amontoado fatigante dos pintores do Norte. Usa para esse efeito duma técnica que surpreende à primeira vista os contemporâneos pela sua audácia. Chardin procede por toques justapostos sem os confundir, sem visar esse ilusório «acabado» que constituía uma das preocupações dominantes da sua época. O que esta técnica tinha de brusco permitia-lhe alcançar a frescura. Uma uva tem a sua leve camada de pó, um pêssego a sua penugem. É preciso um singular poder de observação para tornar sensíveis tais particularidades de matéria. Pintou também cenas familiares e crianças com uma simplicidade tão sábia como a dos Holandeses e urna sensibilidade mais ingénua. Os brancos, os gris têm nele densidade e delicadeza surpreendentes.
O que a sua sensibilidade tem de íntimo pode contrastar com o carácter adulterado da de Greuze. Este é o ilustrador duma moda que alcançou pleno êxito no fim do século xvm e se aparenta, nas letras, com a maneira de Jean-Jacques Rousseau. Num estilo liso e lambido, Greuze representou as cenas mais edificantes e mais moralizadoras, não sem lhes exagerar a expressão; mas isso não basta para fazer um pintor — e Greuze merecia ser esquecido se uma sensualidade de carácter duvidoso, uma sensualidade que se esconde sob a máscara da inocência não viesse dar um sabor deveras picante às criaturas da sua imaginação, raparigas de exagerada frescura que quebraram a bilha na fonte.
Escultura Não causa surpresa que a influência do barroco,tão esporádica em França, tenha incidido mais sobre os escultores do que sobre os pintores. Pois não oferecia a escultura o exemplo prestigioso de Bernini ? Os Coustou não estiveram debalde em contacto com ele e os seus Cavalos de Marly, empinados num tão soberbo movimento que triunfam, como impressão de conjunto, dos de Coysevox, bastam para o mostrar, bem como certos monumentos funerários, o do Marechal de Saxe, por Pigalle, na Igreja de São Tomás de Estrasburgo, ou a estátua, equestre de Pedro o Grande, por Falconet, também empinada, mas sobre um rochedo, em São Petersburgo. O carácter social da arte francesa tendia bastante lamentavelmente a desencaminhar a escultura para o amaneiramento, para o «bibelot», inconveniente que quadra menos a esta arte do que a qualquer outra. Na verdade torna-se difícil ser severo para com Clodion, tal como sucede na pintura com Frago. Esse Loreno, Clodion, Claude Michel de seu verdadeiro nome, modelou de maneira requintada minúsculos baixos–relevos, aos quais a matéria empregada, muitas vezes terra-cota, dá ainda maior fragilidade.
Depois, há que sublinhar, para honra da escultura francesa, que, quando o perigo do barroco e o perigo do amaneiramento pareciam ameaçá-la, os bustos conservaram todas as suas qualidades de vida e até de força: Pigalle fez alguns de largueza inesperada para quem conhece o resto das suas obras e os Lemoyne não merecem menos ser admirados neste género. Os Caffieri, bron-zistas de ornato antes de tudo, são autores de efígies expressivas e espirituais.
A reacção que se produziu sob o influxo da moda antiga foi mais proveitoso à escultura do que à pintura. Dois nomes a representam entre nós, os de Bouchardon, cuja fonte da Rua Grenelle testemunha uma pureza de linhas inimiga de toda e qualquer sobrecarga, e de Houdon. Este último é um mestre completo. O seu São Bruno, que esculpiu em Roma para a Igreja de Santa Maria dos Anjos, é já uma obra de mestre pela gravidade da atitude — composição num só bloco, que contrasta com a negligência do barroco. Na Diana, embora esse nu apresente belos volumes lisos, podem notar-se certas concessões ao ideal de garridice do tempo; mas Houdon vale sobretudo pela incomparável série dos seus bustos, que, à medida que ele avança em idade, se simplificam cada vez mais e ganham em sobriedade; os volumes essenciais, o do crânio em particular, assumem grande nitidez. Contudo os mais populares são aqueles cuja expressão de vida — aspecto em que o artista primava igualmente — é mais sorridente e mais espirituosa. Instintivamente, o público situa Houdon na sua época própria.
Inglaterra O culto de Rubens, que renovara a pintura francesa, alimentou ainda nessa época a arte dum país que não brilhara, desde a Idade Média, pelas suas qualidades plásticas: a Inglaterra. Aí se sucede uma série de artistas que nos deixaram da aristocracia e das elegâncias do seu país uma imagem brilhante e lisonjeira. Se podemos falar da índole sociável da arte francesa, importa também registar que a arte inglesa assume um carácter mais especialmente mundano. O aspecto é certamente mais atraente do que entre nós, as cores mais cintilantes, aplicadas com vivacidade maior; a própria composição do retrato, muitas vezes de pé e em trajos de gala, mostra um arranjo mais afectado e que denuncia decidido empenho em obter os sufrágios gerais. E a postura tomada no fotógrafo, o fotógrafo de arte, entende-se, não ô fotógrafo de casamentos burgueses. No entanto, até entre os melhores destes artistas, não se manifesta senão muito raramente o desejo de ir além da epiderme. Se agradaram ao modelo, isso basta para os contentar — e esforçam-se muito menos por se satisfazerem a si próprios ou por satisfazerem amadores exigentes. Nos museus, não devem olhar-se as suas obras na vizinhança das telas dos mestres. A moldura para a qual foram concebidas é a desses castelos em que tudo respira a calma, a opulencia, e em que a dona da casa mostra com altivez o retrato da sua avó pintado por Reynolds ou Gainsborough.
Com efeito, estas duas reputações eclipsam as outras: Reynolds, espírito muito distinto, que tinha reflectido a fundo em todos os problemas da sua arte e conhecia aproximadamente todas as receitas, tudo o que se pode aprender estudando, um pouco frio contudo e mais rico de ciência que de génio natural; Gainsborough, mais verdadeiramente pintor. Nos seus primeiros trabalhos este último tinha até uma espontaneidade um tanto desabrida, de mistura com uma pontinha de inabilidade que, no entanto nos emociona mais do que o virtuosismo que adquiriu depois. A exemplo de Van Dyk, que nunca deixou de ser para os nossos vizinhos objecto de verdadeiro culto, procura de bom grado o alongamento, o áfilamente requintado das formas. Ama o brilho das sedas, a leveza das musselinas e dá aos modelos que pinta um invólucro que poetiza e adoça os traços do rosto. Paisagista, segue demasiado estritamente as pegadas de Rubens, tão estritamente que os seus quadros, até a Carroça famosa, têm o ar de coisas vistas através desse mestre, o que os torna frios, apesar da suavidade da execução.
E, atrás de Gainsborough, atrás de Reynolds, manifestam-se diversos talentos, entre os quais brilham os de Romney e do escossês Raeburn, cujos tons têm muito brilho, mas um brilho que arranca exclamações admirativas sobretudo àqueles que ignoram que o colorista não se impõe forçosamente pela intensidade dos pigmentos.
Estes retratistas ingleses souberam manter a sua concepção sem conhecer a dúvida ou o desfalecimento: no fim deste século e no começo do seguinte, Lawrence salva ainda o que pode salvar-se do retrato oficial. Censuram-lhe justamente a sua facilidade mas restaram-lhe méritos de execução bastantes para deslumbrar Eugène Delacroix.
Formando embora o essencial da produção inglesa, os retratos não são tudo. A corrente moralizadora que deu em França Greuze manifestara-se muito antes entre os nossos vizinhos.
Hogarth — muito mais antigo do que os pintores atrás referidos — representa-a. Hogarth é dotado dum temperamento muito mais vigoroso do que Greuze e que toma com facilidade o aspecto satírico. Cultiva de bom grado uma caricatura não isenta de monotonia, visto ser caricatura geral e de expressão. As suas diversas séries de obras com pretensões sociais, como aCarreira dum libertino, Casamento da moda, compõem-se de quadrinhos minuciosos, muito observados e muito frios no seu acabamente excessivo, A sua Vendedeira de camarões, de carnação esplendorosa, é um dos trechos de pintura mais justamente populares no seu país.
Bastante recentemente, a Inglaterra descobriu os seus anedo-tistas. Não se pode, sem dúvida, fazê-los passar por grandes artistas. Têm muita secura, um tom burguês muito baixo, uma cor elementar e quase gritante, mas a sua ingenuidade, a sua observação levada longe demais repousam-nos um tanto da afectação dos pintores da moda. Nesta categoria entram também os autores de «peças de conversação», como Zoffany, que num salão representava toda uma companhia, e também os retratistas de cavalos e de cães, tais como Stubbs. que evocam a vida ao ar livre dos grandes senhores provincianos. Com a mesma veia de inspiração assaz pobre, os gravadores, e sobretudo os gravadores em cores, gozam duma reputação que devem principalmente aos prestígios da técnica.
Se a escultura inglesa é então muito fraca — defeito estranhamente constante neste país — a arquitectura recusa dobrar-se às imposições continentais. Mais francamente que outrora, professa um severo paladianismo. Por o não conhecer suficientemente, presta-se raras vezes justiça a esse século xviii  tão nítido, tão puro de linhas. Ora estas qualidades manifestam-se também no mobiliário de madeira, que é em fim de contas, o único mobiliário na Europa que não imita o mobiliário francês. O gosto da antiguidade manifesta-se em Inglaterra tão precocemente, senão mais precocemente ainda do que entre nós, nos graciosos modelos do arquitecto Robert Adam e do seu irmão. Mas tudo isto conservará em alto grau carácter insular.
Não se dirá outro tanto duma arte em que a Inglaterra obteve o seu mais brilhante êxito, aquele que lhes deu renome em toda a Europa: a arte dos jardins. Aos jardins regulares de Lenôtre, que haviam triunfado durante tanto tempo, ela opõe uma concepção verdadeiramente nova, seja qual for a maneira por que a queiram julgar. Ela repudia o jardim que parece o prolongamento do castelo e substitui-lhe alguma coisa de mais próximo da natureza, alguma coisa que pretende ser como que uma natureza não corrigida pelo homem, Uma parte desta inspiração provém das modas exóticas e em particular do conhecimento dos jardins da China. Aos vastos relvados salpicados de manchas de arvoredos e cingidos de áleas sinuosas misturam-se pequenas construções que testemunham o gosto dos países longínquos e a curiosidade pelo passado. O castelo fendal torna-se vizinho do pagode. Vastos, estes jardins não são destituídos de encanto para o passeante, graças à variedade dos seus aspectos mudáveis e às surpresas que provocam. Pequenos, têm muitas vezes o ar de brinquedos. Mas o seu êxito foi prodigioso. Basta dizer que a sua voga não cessa de aumentar no próprio país de Lenôtre. Quanto aos exemplos concretos que deles nos deu a Inglaterra, foram extremamente numerosos. O parque de Kew, singularmente, ordenado por Chambers, passou por ser o modelo do género.
Itália - Se a França, no primeiro plano, e a Inglaterra, no segundo, tomaram a direcção das artes, a Itália, rica de grandes recordações e avantajada pelo seu prestígio, está longe de ter abdicado. No entanto, vive sobretudo do passado. A pintura só se mantém com brilho em Veneza, onde Tiépolo se revela um dos maiores decoradores. Na Vila Valmarana de Vi-cenza, até em Veneza, em Wurtzburgo, aonde foi chamado pelos príncipes-bispos a fim de decorar os seus palácios, enfim em Madrid, recobre os tectos e as paredes com as suas criações deslumbradoras, pintadas num colorido claro e alegre. Ninguém como ele possui tal ciência dos escorços, do movimento, e sabe ligar de maneira mais íntima as personagens às arquitecturas verdadeiras ou fingidas. Pernas escalam as cornijas e nelas se arrastam roupagens. Veneza inteira, cintilante de alegria, toda entregue ao prazer do seu Carnaval, revive nos pincéis de Tiépolo. A cidade tem também deliciosos paisagistas, com Canaletto e Guardi à frente, e anedo-tistas atraentes como Longhi. Na decoração de estuque, muito abundante, mas leve apesar de tudo, o barroco sofre uma transformação local cheia de imprevisto e a cor, empregada com menos discrição do que em França, dá-lhe um sabor particular.
Nápoles teve também o seu decorador, tão fácil como Tiépolo, tão apto como ele a recobrir grandes superfícies, Solimene, a quem falta contudo a divina faísca do Veneziano e a frescura que torna Tiépolo incomparável.
Nos outros pontos da Itália, os tempos vão maus. Em Roma, é certo, nasceu a moda do antigo, a cujos efeitos já nos referimos, mas que devia ter as suas mais vastas consequências sobretudo no , de sorte que a respectiva análise será reservada para o capítulo seguinte. Mas esta revolução, se é certo que se efectuou no meio romano, teve sobretudo estrangeiros por artífices.
Espanha Ao procurar noutros países os grandes pintores. O grande pintor, poder-se-ia dizer com mais propriedade, porque em Espanha, onde surge, fica, como muitas vezes ali sucede, quase de todo isolado: Goya. E lícito perguntar se Goya deve situar-se no século XVIII ou no século xix. Ele participa do espírito das duas épocas e, apenas na sua pessoa, franqueia o espaço que parece separar a arte sorridente e de boa companhia do século XVIII e a arte romântica do século xix, ao passo que, nos outros países, o segundo destes fenómenos só se segue ao primeiro depois do intermédio do regresso ao antigo. Aragonês rude e iletrado mas não sem malícia, Goya, favorito de dois reis, bastante pouco corajoso sem dúvida, pois foi daqueles que, antes de insultarem o rei intruso José Bonaparte, se inclinaram com subserviência perante ele, faz-nos esquecer as suas palinódias com 0 seu génio e sua paixão. Os seus cartões de tapeçarias, que representam cenas populares, estão ainda na tradição garrida e desenvolta dos Franceses, mas com carácter mais rústico. Nem os seus admiráveis retratos marcam absolutamente uma ruptura. Imagine-se um artista que junte a brilhante facilidade de pincel dos Ingleses e o dom inexorável de filar e penetrar os modelos. As mais frescas, as mais agradáveis cores, sobretudo cinzentos cariciosos, mas também uma observação impiedosa, que faz com que certas obras suas, o retrato colectivo da família real em particular, tomem o aspecto de vastas caricaturas, de tal forma traduziu, posta de banda toda e qualquer ideia cortesã, a toleima presumida dos fantoches que «pousaram» para ele. Algumas das suas grandes telas, como o Dois e o Três de Maio, e sobretudo as suas gravuras, falam uma linguagem diferente, a da paixão pura do ódio, da ferocidade. Os Desastres da Guerra, terrível sátira que mostra o lado lúgubre, sádico e absurdo das chacinas, aterram; é como lava em fusão. Libelo contra os, exércitos franceses, sim, mas sobretudo contra a loucura universal dos homens. Outras séries, como os Provérbios e os Disparates, são muitas vezes obscuras e difíceis de interpretar. Isso resulta do facto de elas representarem a efusão natural dum cérebro um tanto excêntrico e que compunha dominado por uma espécie de obsessão. Sátiras de costumes, ataques raivosos contra os padres — porque o anti-clericalismo foi um dos sentimentos arreigados de Goya — a sua intensidade resulta também duma técnica de água-forte que visa o efeito e plenamente o atinge. O artista procura as vibrantes oposições do branco e do negro, renova a maneira livre de Rembrandt, mas é muito menos reflectido que o grande Holandês e, além disso, o seu traço não tem a mesma segurança. Desenhador elíptico, apaixonado do movimento, demasiado rápido para ser correcto, mas seguro e que se impõe aos outros por essa mesma segurança, forjou um instrumento exactamente adaptado ao que ele tinha a transmitir.
Tendo servido reis em extremo desprezíveis, terminou a sua vida exilado a bem dizer voluntariamente em França e morreu em Bordéus. Quando já era muito idoso, pôde ver os primeiros passos dos românticos, aos quais, nas suas Corridas de Toiroslitografadas e que poderiam julgar-se dum rapaz, dá exemplos duma audácia mais radical ainda que a deles.
 Na escola francesa, na escola inglesa, em Goya (porque ninguém ousará falar duma escola espanhola, de tal modo o Aragonês esmaga os seus compatriotas) se resumem sem dúvida as novidades trazidas pelo século xviii. Mas desenvolveu-se então um espírito internacional, uma habilidade geral que se espalham pela Europa inteira. Produzem-se ressurreições, cujo valor, todavia considerável, nem sempre foi reconhecido. Assim, a Alemanha renasce para as artes com muito brilho.
O seu génio manifesta-se sem dúvida de maneira incompleta a pintura pouco produz de notável, exceptuando alguns decoradores brilhantes, como o austríaco Maulpertsch; e a escultura, embora a produção do estranho Permoser seja abundante e em extremo curiosa e a de Rafael Donner muito sedutora, só conta um artista verdadeiramente importante: André Schluter. Este trabalhou em Berlim, onde fez o monumento equestre do Grande Eleitor, sem contar as poderosas figuras de guerreiros moribundos que ornam o Arsenal de Berlim. A justo título, sublinhou-se quanto deve Schluter à arte francesa no que respeita à composição monumental. Nada seria, porém, tão injusto como tomá-lo por um simples imitador. O seu temperamento, barroco na emoção, mas reflectido na concepção, dá-lhe prestígio pessoal.
No entanto, a glória da Alemanha do século xvin reside na arquitectura. Primeiramente, este país foi um dos maiores centros de construção da Europa e — coisa rara no tempo — tanto para a arquitectura religiosa como para a civil. Com efeito, a Guerra dos Trinta Anos, cujas devastações foram terríveis, não poupara uma nem outra. Além disso, produziu-se contra o luteranismo e o cal-vinismo uma ofensiva católica sob o impulso das ordens religiosas e em particular dos jesuítas. Por isso, é um dos países onde mais se encontram majestosas abadias, vastos conventos, grandes igrejas. Quanto à arquitectura civil, a força actuante é menos uma necessidade prática do que uma necessidade moral, filha duma ambição dinástica quase sempre desmedida. Toda a Alemanha se encontra dividida em estados soberanos, alguns deles pequeníssimos, sob a autoridade nominal do Império —e os príncipes querem à compita fazer de Luís xiv. Por isso, constroem enormes castelos, tão grandes como Versalhes, sem se inquietarem muito com os meios de que podem dispor.
Poder-se-ia considerar, de maneira um pouco esquemática mas bastante exacta, que o século xviii alemão se divide entre a influência italiana e a influência francesa, das quais a primeira prevalece até 1 720, enquanto a segunda leva a melhor depois dessa data e triunfa sem contestação. Tal maneira de ver não teria suficientemente em consideração a complexidade das coisas. «Influência italiana»: estas palavras não dizem respeito apenas às igrejas ou aos castelos erguidos pelos Italianos (embora estes trabalhem muitas vezes em regiões, como o Tirol, cujo espírito é bastante particular). Da mesma forma, «influência francesa» não quer dizer: edifícios devidos a Franceses (embora estes, na Alemanha, nem sempre tenham construído como o haveriam feito em França). Importa também considerar o que fizeram os naturais, muitos dos quais conseguiram, pela combinação engenhosa do barroco italiano e do rocòcó francês (este último termo aplica-se indistintamente a tudo o que provém do nosso país), uma originalidade indiscutível. Por isso, convém percorrer quanto possível os países germânicos, para neles distinguir as cambiantes, as influências diversas. E até o historiador, para ser completo, deveria tomar em consideração numerosos factores, como a religião do príncipe ou os seus parentescos.
Os Austríacos adiantam-se aos mais, primeiro, com artistas italianos, depois, com dois grandes mestres indígenas: Fischer d’Erlach e Hildebrandt. Um e outro são de espírito profundamente barroco, mas o seu programa é muitas vezes o da residência real de Versalhes. Nesta ordem de ideias, Hildebrandt ergue o Castelo do Belvedere em Viena: Fischer é também um soberbo construtor de palácios. Praga enche-se de sumptuosos edifícios devidos a diversos artistas. Ao mesmo tempo, em toda a Alemanha do sul e na Áustria, encontram-se belas construções religiosas, entre as quais importa citar pelo menos a Abadia de Melk, por Prandauer, debruçada sobre o Danúbio, e as edificações de toda a família dos Dienzenhofer na Francónia, na Suábia e na Suíça, embora se tenda hoje a retirar a esses artistas, mais mestres-pedreiros do que arquitectos, uma parte da glória que se lhes atribuía com excessiva liberalidade. Por outro lado, em Dresda, o hábil Pcepelmann levanta o curioso edifício que é o Zwinger, espécie de cintura de construções baixas em torno de um recinto maravilhosamente apropriado às festas.
A influência francesa começou com personagens bastante obscuras e bastante falhas de inspiração, como Froimont, que trabalhou em Manheim, e Louis Rémy de la Fosse, que construiu o Castelo de Darmstadt, e bem assim com Parisienses mais célebres, que enviavam muitas vezes as suas plantas arquitectónicas para a Alemanha e encarregavam os seus discípulos de as executarem. Assim, Robert de Cotte ergueu os Castelos de Brühl e de Poppels-dorf para o Eleitor de Colónia e um palácio em Francfort para a família de La Tour-et-Taxis. Ao serviço do Príncipe-Bispo da Baviera, em Munique sobretudo, trabalhou pessoalmente o delicioso decorador Cuvilliés, fértil representante do gosto Regência. Boffrand foi consultado para a construção do Castelo de Wurtzburgo.
Entretanto, em Wurtzburgo, o problema apresenta-se já de forma diferente. Na Francónia e na região renana, domina com efeito o poder de grandes mecenas, os Schcenborn, que chegam a ocupar quase simultaneamente os episcopados de Tréveros, Mogún-cia, Espira, Wurtzburgo, com um território considerável. Empregam os maiores arquitectos alemães e, entre eles, o primeiro de todos, Balthazar Neumann, que construiu, a bem dizer, a residência. Neumann, prestando embora homenagem à arquitectura francesa, a tal ponto que consulta os seus mais célebres representantes, conserva o seu temperamento arreigadamente barroco, como o atestam sobretudo as suas escadarias monumentais de Wurtzburgo ou Bru-chsal. A igreja de Vierzehsnheiligen é uma das suas construções mais arejadas, um dos raros monumentos religiosos do século xviii em que uma arte de essência graciosa atinge a grandeza. Curiosíssimo é igualmente Maximiliano de Welsch, durante muito tempo quase esquecido, porquanto este grande senhor está a meio caminho entre o inspirador e o arquitecto profissional e mandou executar os seus planos por indivíduos menos talentosos do que ele, mas que são os únicos a aparecer nos documentos. Também ele patenteia uma saborosa mistura de temperamento barroco e de programa francês: o seu Castelo de la Favorite, perto de Mogún-cia, copiava exactamente a planta de Marly.
Durante a segunda metade do século, o gosto esmerado dos arquitectos franceses predomina, e esse teatro exterior das nossas actividades proporciona-nos a descoberta de artistas brilhantíssimos, que havíamos esquecido: o loreno Nicolas de Pigage, que o Eleitor Palatino chamou a si quando se dispersou a pequena corte do Rei Estanislau em Nancy; o parisiense Louis-Philippe de la Guêpière. que criou, para o Duque de Wurtemberga, os encantadores Castelos de Monrefios e de la Favorite; o singular Michel Ixnard, pouco instruído mas fecundo em ideias desmedidas, que só em parte pôde levar a cabo, tanto na Abadia de São Brás na Floresta Negra, como no Castelo de Coblença.
Um país que merece atenção particular, menos pela perfeição do que ali se produziu do que pela importância que devia adquirir e pela qualidade do seu principal construtor, é a Prússia. Sob o governo dos seus primeiros soberanos, recebera um contingente de refugiados huguenotes, expulsos de França pelo Edito de Nantes. No reinado do grande Frederico, a Prússia tomou caminhos diferentes. Este príncipe tinha um gosto algo extravagante e, em Sans-Souci, exerceu mais de uma vez pressão embaraçosa sobre o seu arquitecto e amigo Knobelsdorf, que, discípulo dos Franceses, substituiu o gosto destes pelo gosto barroco, que presidira à construção do Castelo Real. Este mesmo artista, aliás, devia sofrer fortemente, no fim da sua carreira, a influência do antigo e de Paládio.
Da actividade de Frederico ii, tanto em Sans-Souci como no Palácio Velho de Potsdam, o que resta de mais bem sucedido são os interiores, aos quais os móveis prateados (consoante a predilecção deste Príncipe) dão, aos olhos dos Franceses, um aspecto um tanto surpreendente. Frederico ii empregou aqui tanto artífices alemães como franceses. Os decoradores deste país, formados na escola francesa, brilhavam na Europa, e Paris estava cheio de enta-lhadores alemães de habilidade reputada. Os Reis da Prússia tiveram também ao seu serviço o melhor dos pintores franceses que trabalharam no estrangeiro: Antoine Pesne.

Outros países

Numa Europa verdadeiramente ecuménica e marcada pelo selo duma civilização superior, se se pode pretender que o esplendor da Alemanha nada mais é do que um renovo, vê-se por outro lado surgir a arte de países até então adormecidos. A Suécia cobre-se de castelos erguidos pelos Franceses e produz o delicioso pintor Roslin, tão parisiense como os Parisienses do seu tempo, e o gravador Lavreince, que neles se inspira até ao abuso. Sob o impulso da Imperatriz Isabel e da grande Catarina, a Rússia despoja-se do seu asiatismo. O Palácio de Inverno, Tsarkoie Selo são devidos ao italiano Rastrelli, mas Vallin de la Mothe, entusiasta das ideias dos amadores do antigo, discípulo da Academia de Belas Artes de Petersburgo, e o delicado pintor Levitzki, que embora não tenha ido a França, se mostra profundo conhecedor da pintura francesa, exercem grande influência.
Na verdade, este século xvill é uma verdadeira apoteose da arte francesa, duma arte que tem os seus limites, mas que, em nenhuma outra época, participou mais estreitamente na vida contemporânea.

OBRAS CARACTERÍSTICAS

PINTURA

FRANÇA — Nicolas Largillière. — Salvo indicações contrárias: R. R. Paris (M. L.; Escola das Belas-Artes; Comédie–Française ; M. Carnavalet : Preboste dos Mercadores e Almotacéis; S. Etienne-du-Mont ; Ex-voto de Santa Genoveva) / Aix / Amiens Arras / Avinhão / Besançon / Chantilly / Dijon / Grenoble / Lille I Lyon / Mompilher / Nantes / Nancy / Pato Ruão / Versalhes Berlim / Carlsruhe / Darmstadt / Brunsvique / Dresda / Schwerin / Viena / Londres / Madrid / Florença / Milão / Estocolmo Nova-Iorque.
Hyacinthe Rigaud. — Paris / Caen / Dijon / Valenciennes Versalhes.
François Lemoyne. — Paris (, Juno, Iris e Flora, Educação do Amor ; M. das Artes Decorativas ; S. Sulpício ; Assunção, dec. ; S. Tomás de Aquino : Transfiguração, dec. ; Escola de Belas-Artes:  e Caco / Versalhes (Castelo: Apoteose de Hércules,.dec.; Luís XV dando a paz à Europa; S. Luís: S. Luís em oração) / Orleães (Adeus de Heitor e Andrômaca)/ Nantes (Cat. : S. João Baptista) / Besançon (Tancredo e Clorinda) / Nancy / Londres (Col. Wallace : Perseu e Andrômeda, Tempo e Verdade) / Estocolmo (Vénus e Adónis) / Leninegrado (Io e , Amor adormecido, Apolo e Dafne, Banhistas, Cena do Tasso).
Antoine Watteau. — Paris (Júpiter e Antíope, Egídio, Indiferente, Finette, Reunião num parque, Embarque para Citera) /Chantilly (Amor desarmado, Serenata, Amante inquieta) / Valenciennes (R.) / Troyes (Feiticeiro, Aventureira) / Berlim (K. F. M.: Amor no teatro francês e no teatro italiano ; Castelo : Embarque para Citera, Tabuleta de Gersaint) / Potsdam (Palácio Novo: Comediantes franceses, Dança, Amor tranquilo, Pastores; Sans–Souci: Noivo de Aldeia, Concerto) / Dresda (Reunião ao ar livre, Febre de amor) / Londres (Gama de amor; Palácio Buckingam : Surpresa; Col. Wallace: Para nos provar…, Quereis triunfar?… Encantos da vida, Campos-Elíseos, Amor campestre, Toucado, R.; Colégio de Dulwich : Contradança) / Edimburgo / Madrid(Esponsais e baile campestre, Festa galante) / Moscovo (Acampamento) / Leninegrado (Distrações da guerra, Fadigas da guerra, Amuada, Namoradeira, Proposta embaraçosa) / Nova-lorque (Mezzettino).
Nicolas Lancret. — Paris (Quatro Estações, Teatro italiano, Pastorais galantes, Conversa galante, Gascão castigado ; M. Jacque-mart-André) / Chantilly (Almoço de presunto) / Compiègne / Angers / Ruão / Nantes / Amiens / Berlim / Potsdam(Castelo da cidade: Molinete, Dança no pavilhão; Palácio Novo: Danças, Camargo; Sans-Souci: Cabra-cega, Dança diante dos cavalos de Apolo) / Dresda (Danças) / Londres (N. G.: Idades da vida; Col. Wallace: Dança num parque, Conversa galante, Comediantes italianos, Raparigas no banho) / Estocolmo (Correia do patim, Cabra-Cega) / Leninegrado (Criado galante, Cozinheira) / Detroit (Merenda de caçadores).
Jean-Baptiste Pater. — Paris (Desejo de agradar, Festa italiana, Dança, Conversa galante, Baloiço, Banhista, Divertimentos de soldados) / Amiens / Angers (Baile campestre, Banhistas) / Versalhes (Pequeno Trianon) / Valenciennes(Concerto campestre, Distracções no campo) / Grenoble (Banhistas) / Potsdam (Sans–Souci; Palácio Novo: Série do Romance Cómico; Palácio da cidade) / Dresda / Londres (Col. Wallace; Palácio de Buckingham ; Colégio de Dulwich) / Edimburgo / Leninegrado / Moscovo.
J.-B. Siméon Chardin. — Paris (Mãe trabalhadora, Benedi-cite, Naturezas mortas, R., Auto-retrato; M. Jacquemart-AndréM. Cognacq-Jay) / Angers (Nat. Mortas) / Rennes / Carcassona / Berlim / Potsdam (Palácio Novo: Senhora lacrando uma carta, Fornecedora) / Carlsruhe / Viena (Gal. Liechtenstein: Alimentos da convalescença, Preceptora, Mulher com ancinho, Fornecedora) / Londres (Mestra de escola) / Glasgow (Rapaz taberneiro, Ajudante de cozinha, Senhora preparando o chá) /Haia / Estocolmo («Toilette» da manhã, Operária de tapeçaria, Desenhador, Naturezas mortas) / Leninegrado.
François Boucher. — Paris (Diana saindo do banho, Forjas de Vulcano, Ninho, «Toilette» de Vénus, Vénus desarma o amor, Reinaldo e Armida, Almoço, Tecto da Aurora; M. Cognacq-Jay: Diana volta da caça, Cantora, Bela cozinheira; M. Jacquemart–André: Sono de Vénus, Vénus e o amor; Palácio Soubise-Arquivos Nacionais: Bandeiras de portas; Biblioteca Nacional, Gabinete do Rei; Assuntos alegóricos: Banco de França: Aventuras de Aminto e Sílvia, ver Tours) / Versalhes (Quarto da Rainha: Imitação de baixo-relevo) / Fontainebleau (Sala do Conselho: Tecto de Apolo) Tours (Aventuras de Aminto e Sílvia, ver Paris / Angers (Génios das artes) / Orleães (Paisagem) / Amiens (Caça ao tigre, Caça ao crocodilo) / Nancy (Aurora e Céfalo) / Nîmes / Munique (Jovem mulher deitada) / Londres (Col. Wallace: Comerciante de modas, Vénus e Marte surpreendidos por Vulcano, Julgamento de Paris, Júpiter e Calisto, Nascer e Pôr do sol, R.) / Edimburgo / Estocolmo (Nascimento e triunfo de Vénus) / Leninegrado (Repouso no Egipto) / Nova-Iorque (Arion salvo das águas).
Numerosos projectos de tapeçarias para Beauvais (Tapeçaria chinesa) e os Gobelins (Amores dos deuses).
Maurice Quentin de la Tour. — R. R. — Paris (M. L. : Auto-retrató ; M. Carnavalet ; M. Cognacq-Jay ; M. Jacquemart–André) / Saint-Quentin (M. La Tour : R. R. e colecção de preparações) / Amiens / (Auto-retrato) / Aix-en-Pr oven ce / Dijon / Dresda / Génova (Auto-retrato).
J.-B. Ferronneau. — R. R. — Paris (M. L. ; M. Jacquemart–André) / Arras / Dijon / Orleães / Saint-Quentin / Tolosa / Tours Londres / Amesterdão / Roterdão / Haia / Genebra / Leninegrado.
J.-B. Greuze.— Paris (Auto-retrato, Leitura, Bilha quebrada, Maldição paterna, Noiva de aldeia, Filho castigado, Confidência, Danai) / Versalhes (R. de Bonaparte, tenente de artilharia) / Chantilly (Cabeça de mulher) / Mompilher (Bolo-rei, Rapariga do cesto, Rapariga vista de costas, Oração da manhã) / Lille (Casamento de Psique) Aix-en-Provence (Triunfo de.Galatéia) / Tournus / Londres (Col. Wallace: Inocência, Fidelidade, Rapariga das pombas, Oferta ao amor, Espelho quebrado, Tristeza, R. ; Palácio de Buckingam: Silêncio) / Roterdão (Feliz mãe) / Leninegrado (Paralítico, R.).
Jean-Honoré Fragonard. — Paris (Coreso e Calirroe, Lição de música, Banhistas, Bacante adormecida, Tirando a camisa, Música, Estudo, Inspiração, Curiosas, Retrato de fantasia; Escola de Belas-Artes: Jeroboão sacrificando os ídolos; M.Jacquemart–André : Estreia do modelo : M. Cognacq-Jay : Bilha de leite entornada; Banco de França: Festa de Saint-Cloud) /Amiens
(Jantar na relva, Lavadeiras, Resistência, Cabeça de Velho, Berço, Jovem mulher pondo a liga) / Besançon (Jovem casal à janela, Jovem mãe com o filho, Triunfo de Vénus) / Londres (Col-Wallace: Felizes acasos do baloiço, Fonte de amor, Bilhetinho de amor, Mestra primária, Menino loiro, R.) / Leninegrado (Beijo às escondidas).
INGLATERRA – William Hogarth. — Londres (Criados do pintor, Vendedor de camarões, Porta de Calais, Auto-retrato, R. R., Casamento à moda, Ópera do mendigo: M. Soane: Carreira dum velhaco, Eleição; Colégio de Dulwich: Pescador à linha); / Dublin (R.) / Cambridge / Windsor (Garrick e sua mulher) / Edimburgo / Besançon (Um Hogarth reputado) / Nova-Iorque / Detroit.— Obra gravada.
Joshua Reynolds. — Londres (Idade da Inocência, Rapariga brincando com o amor, Robinetta, Graças decorando a estátua de Himeneu, Auto-retrato, R. R.; Colecção Wallace:  dos morangos; M. V. e A.: R. R.; Palácio Buckingham : Dido; Colégio de Dulwich: A Sr.a Siddons no papel de musa trágica) / Windsor Berlim (Auto-retrato) / Florença (id.) / Paris (M. Cognacq-Jay; M. Jacquemart-André) / Chantilly / Momfiilher (Pequeno Samuel) / Budapeste (R. R.) / Leninegrado (Amor desprendendo a cintura de Vénus, Hércules estrangulando as serpentes) / Detroit / Worcester.
Thomas Gainsborough. — Londres (Filhas do artista, Ponte, Bebedoiro, Paisagens, Floresta, R. R.; M. V. e A.: R. R.; Col. Wallace: Perdita; Colégio de Dulwich: R. R.) / Windsor / Dublin (Paisagem de Suffolk) / Edimburgo (R. R.) / Berlim (R. R.) /Paris (M. Jacquemart-André) / Nova-Lorque / S. Marino- Califórnia (Menino branco, R. R.).
George Romney. — Londres (Auto-retrato, Lady Hamilton de bacante, R. R.); Col. Wallace: Perditta) / Berlim (R. R.)-
Henri Raeburn. — Londres (R. R.) / Edimburgo (Auto–retrato, R. R.) / Glasgow / Paris (R. R.) / Cincinnati.
ITÁLIA—Giambattista Tiepolo.—Veneza (M. A.: Sagrada Família e São Caetano, Invenção da Cruz; Palácio dos Doges: Vénus recebe os dons de Neptuno (f.); Palácio Lábia: História de Cleópatra (f.); Palácio Regzonico: Tecto (f.); Gesuati: Retábulo e
f. ; S. Domingos ; Scalzi : Casa de Lorette (f.) ; S. Aloísio : Subida ao Calvário, Coroação de espinhos, Flagelação) /Vicência (Vila Valmarana: Ciclo de f.) / Stra (Vila Nacional: Ciclo de f.) / Berlim Martírio de Santa Ágata, Suzana no banho) /Muniqiíe (Adoração dos Magos) / Wurtzburgo (Ciclo de f.) / Madrid (Palácio Real: Ciclo de f.) / Paris (M. Jacquemart-André : f. da Vila de Mira).
Canaletto (Giovanni Antonio Canal). — Vistas de cidades, em geral de Veneza. — Veneza / Milão / Cassei / Dresda / Viena (Gal. Liechtenstein) / Londres (N. G. e Col. Wallace) / Windsor / Paris Grenoble / Nantes / Leninegrado. — Obra gravada.
Bernardo Bellotto. — Milão / Turim / Munique / Dresda / Viena.
Francesco Guardi. — Veneza (M. A. ; M. Correr ; Ca d’Oro) / Bérgamo / Milão (M. Poldi Pezzoli) / Berlim / Munique / Viena Estrasburgo / Londres (N. G. ; Col. Wallace) / Oxford / Edimburgo Paris / Albi / Ruão / Leninegrado.
ESPANHA — GoyA (Francisco José de Goya y Lucientes). — Madrid (Cartões de tapeçaria, Prado de S. Isidro, Maga vestida, Maga nua, Dois e três de Maio, Família de Carlos IV, R. R. ; Academia de S. Fernando: Enterro da sardinha, Cena da Inquisição, Procissão de flagelantes ; Escolas piedosas de Santo AntónioComunhão de S. José de Calasanz; Santo António da Flórida: Decoração) / Berlim (R. R.) / Munique (Duelo) / Londres (R. R.) / Paris (R. R. e Natureza morta) / Lille (Arrocho, Juventude, Velhice) / Besançon / Castres (Auto-retrato, Junta das Filipinas) / Agen Budapeste (Aguadeiro, Amolador) / Nova-Lorque (R. R.). — Obra gravada.

ESCULTURA

FRANÇA — Os coustou (Nicolas e Guillaume). — Paris (M. L. : Adónis repousando-se da caça, Marie Leckzinska ; Cam pos-Elíseos : Cavalos de Marly ; Ttilherias : Apolo e Dafne, Sena -e-Marne, Hipómene e Atlanta; S. Roque: Túmulo do Cardeal Dubois ; Cat. Nossa Senhora de Paris : Descimento da Cruz ; Inválidos : Luís XIV a cavalo ; S. Germain-des-Prés : S. Francisca Xavier) / Lyon (Câmara Municipal : Saône e Ródano) / Ruão
(Frontão da Alfândega) / Versalhes (Castelo : Passagem do Reno) / Beauvais (Monumento funerário de Forbin Janson).
Robert le Lorrain. — Paris (Palácio de Rohan: Cavalos do Sol no bebedoiro).
Os Lemoyne (Jean-Louis, Jean-Baptiste I, Jean-Baptiste II, filho de Jean-Louis). — Paris (M. L. : Morte de Hipólito, Bustos ; S. Roque: Baptismo de Cristo, Condessa de Feuquières aos pés de Cristo) / Versalhes (Parque : Orion no tanque de Neptuno) / Tours / Bordéus.
Jean-Baptiste Pigalle. — Paris (M. L. : Mercúrio, Vénus, A criança da gaiola ; S. Eustáquio : Virgem ; S. Sulpício : Virgem ; Nossa Senhora: Túmulo de Claude-Henri d’Harcourt) / Reims (Monumento de Luís XV) / Estrasburgo (S. Tomás : Mausoléu do Marechal de Saxe).
Etienne Maurice Falconet. — Paris (M. L. : Música, Banhista; S. Roque: Anunciação, Calvário)/Leninegrado (Estátua equestre de Pedro o Grande) / Gatchina (Inverno). —■ Modelos de «biscuits» de Sèvres.
Edme Bouchardon. — Paris (M. L. : Amor talhando o seu arco ; Fonte da rua de Grenelle ; S. Sulpício : Virgem e Apóstolos).
Jean Baptiste Houdon.— Paris (M. L.: Diana, Bustos; Comédie-Française: Voltaire sentado, Bustos; Escola de Belas-’-Artes : Esfolado, Bustos ; M. Jacquemart-André ; M. Carnavalet) / Versalhes (Castelo: Estátua de Tourville, Bustos) / Aix-en-Pro-vence (Bustos) / Angers / Grenoble / Chartres / Dijon / Mompilher (Verão, Inverno) / Berlim (Castelo: Bustos) / Potsdam(Palácio Novo: Bustos) / Gotha (Morfeu) / Schwerin (Bustos) / Londres / Roma (Santa Maria dos Anjos: S. Bruno; Museu napoleónico: Bustos) / Leninegrado (Diana, Voltaire sentado) / Nova-Iorque (Banhista) / Richmond (Capitólio: General Washington, Bustos).
ALEMANHA — Andreas Schlüter. — Berlim (Estátua equestre do Grande Eleitor ; Arsenal ; Cabeças de guerreiros moribundos) / Kõnigsberga (Estátua de Frederico III).
Balthasar Permoser. — Dresda (Decoração do Zwinger, Púlpito da igreja da corte) / Bautzen (Doutores da igreja) /Viena (M. do Barroco : Apoteose do Príncipe Eugénio).
Rafael Georges Donner. — Viena (Fonte do mercado
(Jantar na relva, Lavadeiras, Resistência, Cabeça de Velho, Berço, Jovem mulher pondo a liga) / Besançon (Jovem casal à janela, Jovem mãe com o filho, Triunfo de Vénus) / Londres (Col-Wallace: Felizes acasos do baloiço, Fonte de amor, Bilhetinho de amor, Mestra primária, Menino loiro, R.) / Leninegrado (Beijo às escondidas).
INGLATERRA – William Hogarth. — Londres (Criados do pintor, Vendedor de camarões, Porta de Calais, Auto-retrato, R. R., Casamento à moda, Ópera do mendigo: M. Soane: Carreira dum velhaco, Eleição; Colégio de Dulwich: Pescador à linha); / Dublin (R.) / Cambridge / Windsor (Carrick e sua mulher) / Edimburgo / Besançon (Um Hogarth reputado) / Nova-Iorque / Detroit.— Obra gravada.
Joshua Reynolds. — Londres (Idade da Inocência, Rapariga brincando com o amor, Robinetta, Graças decorando a estátua de Himeneu, Auto-retrato, R. R.; Colecção Wallace: O menino dos morangos; M. V. e A.: R. R.; Palácio Buckingham: Dido; Colégio de Dulwich: A Sr.a Siddons no papel de musa trágica) / Windsor Berlim (Auto-retrato) / Florença (id.) / Paris (M. Cognacq-Jay ; M. Jacquemart-André) / Chantilly / Momfiilher (Pequeno Samuel) / Budapeste (R. R.) / Leninegrado (Amor desprendendo a cintura de Vénus, Hércules estrangulando as serpentes) / Detroit / Worcester.
Thomas Gainsborough. — Londres (Filhas do artista, Ponte, Bebedoiro, Paisagens, Floresta, R. R.; M. V. e A.: R. R.; Col. Wallace: Perdita; Colégio de Dulwich: R. R.) / Windsor / Dublin (Paisagem de Suffolk) / Edimburgo (R. R.) / Berlim (R. R.) /Paris (M. Jacquemart-André) / Nova-Iorque / S. Marino-Califórnia (Menino branco, R. R.).
George Romney. — Londres (Auto-retrato, Lady Hamilton de bacante, R. R.); Col. Wallace: Perditta) / Berlim (R. R.)-
Henri Raeburn. — Londres (R. R.) / Edimburgo (Auto–retrato, R. R.) / Glasgow / Paris (R. R.) / Cincinnati.
ITÁLIA—Giambattista Tiepolo.—Veneza (M. A.: Sagrada Família e São Caetano, Invenção da Cruz; Palácio dos Doges: Vénus recebe os dons de Neptuno (f.); Palácio Lábia: História de Cleópatra (f.); Palácio Regzonico: Tecto (f.); Gesuati: Retábulo e
Jacques Soufflot. — Paris (Panteão) / Lyon (Hospital; Galeria dos Câmbios).
Victor Louis. — Paris (Teatro francês; Galeria do Palácio Real) / Bordéus (Grande teatro).
Claude-Nicolas Ledoux. — Paris (Pavilhões da cerca dos Rendeiros Gerais) / Arc-et-Senans (Salinas) / Besançon(Teatro).
A. Rousseau. — Paris (Palácio de Salm, 64, rua de Lille).
Jacques Antoine. — Paris (Casa da Moeda).
Jacques Bélanger. — Paris (Bagatela).
INGLATERRA — Os Irmãos Adam. — Londres (Adelphi Terrace; Strattford Place; Sandsdowne House).
ITÁLIA — Luigi Vanvitelll— Caserta (Castelo) / Ancona (Hospital; Igreja de Jesus) / Roma (Transformação de Santa Maria dos Anjos; Mosteiro de S. Agostinho).
ALEMANHA e EUROPA CENTRAL —J. B. Fischer von Erlach. — Salisburgo (Trindade) / Viena (S. Carlos Borromeu ; Biblioteca; Palácio Trautson; Palácio do Príncipe Eugénio.
J. L. von Hildebrandt. — Viena (Belvedere; Palácio Daun Kinsky) / Salisburgo (Mirabela).
J. Prandauer. — Melk (Mosteiro).
K. moosbrugger. — Maria Einsiedeln (Suíça).
Os Dienzenhofer. — Praga (S. João Nepomuceno, S. Carlos Borromeu) / Bamberga (Residência) / Banz (Mosteiro) /Fulda (Catedral) / Pommersfelden (Castelo).
Maximilien von Welsch. — Fulda (Orangerie).
J. B. Neumann.— Wurtzburgo (Residência; Capela Schcenborn) / Escadarias de Brühl e Bruchsal / Vierzehnheiligen(Igreja) / Neresheim (Igreja).
M. D. Poeppelmann. — Dresda (Zwinger; Palácio Japonês).
G. Baehr. — Dresda (Frauenkirche).
G. W. von Knobelsdorf. — Rheinsberga (Castelo) / Potsdam (Sans-Souci).
 — Ludovice. — Mafra (Mosteiro). Nazzoni. — Porto (Torre dos Clérigos).