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sábado, 22 de setembro de 2012

SANTA CRUZ


Na origem de Santa Cruz havia somente os índios. Até o inicio do século XVI, chamavam-na de Piracema que em tupi significa "abundância de peixes" ou desova.
As terras de Piracema sofrem em 1567 a primeira intervenção. Cristóvão Monteiro, devido à vitória sobre a expulsão dos franceses do Rio de Janeiro, ganhou as terras de Piracema da Coroa Portuguesa, sob o pretexto de colonizá-la. Tendo morrido, a administração foi passada para a esposa Marquesa Ferreira.

A chegada dos jesuítas à Piracema trouxe um processo de organização para a Fazenda de Santa Cruz com traços agro-pastoril e industrial. O processo de desenvolvimento da nova terra dá uma pausa, pois seu poder era considerado uma ameaça à Coroa.

A família Real traz novo alento à região. Chamada agora de Fazenda Real, e mais tarde Imperial, Santa Cruz torna-se o local preferido dos reis e imperadores nos longos períodos de verão. Esta passagem na história da comunidade deixou muitos monumentos fabulosos como o Palácio Imperial, hoje sede do Primeiro Quartel do Exército; o Palacete da Princesa Isabel, agora o Ecomuseu de Santa Cruz onde estão guardadas todas as fontes históricas e o primeiro correio fixo do Brasil, hoje em ruínas.

Na década de 60, com a criação do Distrito Industrial de Santa Cruz, houve um crescimento populacional de forma desorganizada e acelerada, trazendo problemas de aspecto social. A população assiste um conflito, ora de choque cultural, ora da descaracteri-zação de sua paisagem rural e de sua identidade cultural.

Frustrada no seu sonho de boa qualidade de vida, a comunidade de Santa Cruz se vê, hoje, envolvida no novíssimo processo de reconstrução da auto estima e conscientização como cidadão. Nas escolas, todos os alunos fazem trabalhos de resgate da história para poderem se identificar melhor com a comunidade em que vivem. O processo que tem como maior objetivo o cidadão de amanhã, atuante, se estende pelo progresso da urbanização, da comercialização, da educação e alguma coisa além.

Texto de autoria de Vanessa Dantas dos Anjos.

fonte:café história

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