(1619 - 1683)
Financista francês de grande talento e capacidade criadora nascido em Reims, França, responsável pelo extraordinário desenvolvimento da economia francesa, primeiro servindo ao cardeal Mazarin e mais tarde ao rei Luís XIV. Era filho e neto de grandes mercadores e antes de completar 20 anos já trabalhava no ministério da guerra e logo se tornou o secretário particular do ministro de guerra francês. Um motim político levou Mazarin para Paris (1651), e ele ficou na cidade e mantendo o cardeal informado sobre os acontecimentos. Quando o cardeal voltou ao poder (1653), foi nomeado controlador geral de finanças e responsável sobre todas as propriedades da Igreja francesa. Ele começou reformando o caótico sistema financeiro da França, assumindo o tesouro e restaurando o equilíbrio entre despesas governamentais e as receitas. Desenvolveu uma reforma radical na estrutura financeira e econômica do país. Estabeleceu um novo sistema de arrecadação de impostos e normalizou seu recebimento por meio de um férreo controle dos contribuintes e uma devassa entre os cobradores oficias desonestos. Promoveu a indústria nacional aumentando as tarifas alfandegárias e favorecendo as exportações, fomentou a instalação de novas indústrias, atraindo operários estrangeiros especializados, criou fábricas protegidas e subvencionadas pelo estado e ditou diversos regulamentos concernentes à produção e à organização administrativa dessas fábricas. Para ajudar o comércio, ele patrocinou a construção de estradas e canais. Com a morte de Mazarin (1661), permaneceu como um conselheiro não-oficial do rei Louis XIV e foi nomeado controlador geral das finanças (1665). Nomeado secretário de estado para a Marinha (1668), estimulou a navegação e a construção de embarcações, ao mesmo tempo em que promovia uma política colonialista destinada a abrir novos mercados para os produtos franceses. Criou as companhias de comércio das Índias orientais e ocidentais, do Levante e do Senegal. Na cultura incentivou avanços nas ciências e no aprendizado, através de apoio dado à Academia Francesa de Ciências, construindo observatórios, por exemplo o Observatório de Paris, fundando Academia de Inscrições e Belas-Artes e a Academia Real de Arquitetura, e criando uma revista periódica direcionada à novos livros lançados. Infelizmente não pode controlar as ambições militares de seu rei e no final de sua vida (1683), tornou-se odiado pelos seus compatriotas por ter aumentado os impostos para cobrir as despesas de guerra feitas pelo rei Luís XIV e a construção do novo e enorme Palácio de Versalhes, fazendo que em seus últimos dias de vida se sentisse desapontado, como que se seu trabalho tivesse sido em vão, e morreu em Paris.
Link: http://www.dec.ufcg.edu.br/biografias/JeanBaCo.html
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