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quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Gêngis Khan


Imperador dos mongóis (1162-1227). Como guerreiro e conquistador, reuniu um dos maiores impérios da história do planeta.

Nascido às margens do Rio Orhon, filho de um chefe que comandou a Mongólia desde a região de Amur até a Grande Muralha da China, Temujin sucedeu ao pai quando tinha treze anos de idade. Mas não havia obtido nenhuma vitória militar até derrotar os keraites em 1203. Com isso, seu povo o declarou Gêngis Khan, que significa "imperador universal". O novo título foi aceito sem hesitação e, para fazer jus a tamanha homenagem, ele decidiu sair numa campanha de eonquista que duraria nada menos que 25 anos. Gêngis primeiro voltou sua atenção para os tártaros. Após derrotá-los, ele seguiu para o sul em direção à China, onde a dinastia Sung estava à beira da ruina e, portanto, era um alvo fácil para os saqueadores mongóis. Gêngis capturou Beijing em 1214 e em pouco tempo ocupou a maior parte da Ghina. Durante séculos, os mongóis haviam sido um povo nômade que vivia nas vastas planícies da Ásia central. Eles se espalhavam pelas estepes e viviam lutando entre si e pilhando vilarejos nas franjas do Império Chinês. Além de sua terra natal, poucos povos jamais haviam ouvido falar nos mongóis. A Grande Muralha da China, cuja construção teve início por volta de 200 d.C., os tinha mantido distantes, e a maior parte da Europa ficava a milhares de quilômetros dos desertos elevados e frios habitados pelos mongóis.

Mas, depois que Gêngis assumiu o poder, distância ou muralha não eram mais obstáculos para suas ambições. Em 1219, o "imperador universal" rumou para oeste, por terras que nunca tinham ouvido falar em suas conquistas. As Hordas Mongóis, como passaram a ser conhecidas as vastas ondas de cavaleiros fortemente armados, varreram a Rússia, detonaram o Império Persa, engoliram a Polônia e a Hungria e ameaçaram a Europa como um todo.

O chefe guerreiro dos mongóis, que não tinha muita afinidade com os finos produtos das civilizações chinesa e européia, dormia em uma tenda e costumava cavalgar um rápido e robusto garanhão mongol. É bem provável que ele tenha sido o líder militar de maior sucesso na história do mundo. Gêngis Khan não via limites para a expansão do Império Mongol. Pelos oito anos seguintes, ele reuniu o mais longo império contínuo que o mundo já havia visto. O sucesso de suas Hordas destruidoras, no entanto, dependia totalmente da habilidade e liderança de Gêngis Khan e da unificação dos mongóis. Durante algum tempo após sua morte, quando ele foi sucedido por seu terceiro filho, Ogodei Khan (1185-1241), as conquistas continuaram. Mas, depois, o império começou a se esfacelar e as Hordas Mongóis tomaram o rumo de casa. Na China, a dinastia Mongol, ou Yuan, teve vida longa: ela resistiu até 1368.

A grande importância de Gêngis Khan e do Império Mongol na história foi o de terem tornado povos de lados opostos do mundo, como a China e a Europa, cientes um do outro. As Cruzadas haviam reaberto o antigo diálogo entre a Europa e o Oriente Médio, mas, antes dos mongóis, os europeus em sua maioria ignoravam a existência do Extremo Oriente.

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