Capa: Apocalipse: Envenenamento da atmosfera, fim do campo magnético, colisão de meteoro: é assim que o nosso mundo pode acabar.
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terça-feira, 20 de dezembro de 2011
O Rei do Inverno (As Crônicas de Artur 1) - Bernard Cornwell
O Rei do Inverno conta a mais fiel história de Artur, sem os exageros míticos de outras publicações. A partir de fatos, este romance genial retrata o maior de todos os heróis como um poderoso guerreiro britânico, que luta contra os saxões para manter unida a Britânia, no século V, após a saída dos romanos. "O livro traz religião, política, traição, tudo o que mais me interessa," explica Cornwell, que usa a voz ficcional do soldado raso Derfel para ilustrar a vida de Artur. O valoroso soldado cresce dentro do exército do rei e dentro da narrativa de Corwell até se tornar o melhor amigo e conselheiro de Artur na paz e na guerra.
A Privataria Tucana - Amaury Ribeiro Jr.
Prepare-se, leitor, porque este, infelizmente, não é um livro qualquer. Ele nos traz, de maneira chocante e até decepcionante, a dura realidade dos bastidores da política e do empresariado brasileiro, em conluio para roubar dinheiro público. Faz uma denúncia vigorosa do que foi a chamada Era das Privatizações, instaurada pelo governo de Fernando Henrique Cardoso e por alguns de seus ministros e altos funcionários. Nomes imprevistos, até agora blindados pela aura da honestidade, surgirão manchados pela imprevista descoberta de seus malfeitos.
O autor, famoso jornalista investigativo, que trabalhou em varios grandes jornais e revistas, faz um trabalho investigativo que começa de maneira assustadora, quando leva um tiro ao fazer reportagem sobre o narcotráfico e assassinato de adolescentes, na periferia de Brasília. Depois do trauma sofrido, refugia-se em Minas e começa a investigar uma rede de espionagem que tinha o objetivo de desacreditar um possível candidato do PSDB, o ex-governador mineiro Aécio Neves. Ao puxar o fio da meada, mergulha num novelo de proporções espantosas. livro tem 160 páginas de documentos irrefutáveis, contas no exterior, copias de cheques e contratos, fotos dos locais onde os políticos guardaram dinheiro para enriquecerem e financiarem campanhas eleitorais.
Lendas do Brasil
Lenda da Vitória-Régia
Conta a lenda que uma índia chamada Naiá, ao contemplar a lua (Jaci) que brilhava no céu apaixona-se por ela. Segundo contava os indígenas, Jaci descia a terra para buscar alguma virgem e transformá-la em estrela do céu. Naiá ao ouvir essa lenda, sempre sonhava em um dia virar estrela ao lado de Jaci. Assim todos as noites, Naiá saia de casa para contemplar a lua e aguardar o momento da lua descer no horizonte e sair correndo para tentar alcançar a lua. Todas as noites Naiá repetia essa busca, até que uma noite Naiá, decide mais uma vez tentar alcançar a lua, nessa noite Naiá vê o reflexo da lua nas águas do igarapé e sem exitar mergulha na tentativa de tocá-lo e acaba afogando-se. Jaci se sensibiliza com o esforço de Naiá e a transforma na grande flor do Amazonas, a Vitória Régia, que só abre suas pétalas ao luar.
Lendas do Brasil
Lenda do Sol
Para os índios o sol era uma pessoa e se chamava Kuandú. Kuandú tinha três filhos: um é o sol que aparece na época da seca; o outro, mais novo, sai na chuva e o filho do meio ajuda os outros dois quando eles estão cansados. Há muito tempo um índio Juruna teria comido o pai de Kuandú, por esta razão este queria se vingar. Uma vez Kuandú estava bravo e foi para o mato pegar coco. Lá encontrou Juruna em uma palmeira inajá. Kuandú disse que ele ia morrer, mas Juruna foi mais rápido acertando Kuandú com um cacho na cabeça. Aí tudo escureceu. As crianças começaram a morrer de fome porque Juruna não podia trabalhar na roça e nem pescar. Estava tudo escuro. A mulher de Kuandú mandou o filho sair de casa e ficou claro de novo. Mas só um pouco porque era muito quente para ele. O filho não agüentou e voltou para casa. Escureceu de novo. E assim ficaram os três filhos de Kuandú. Entrando e saindo de casa. Portanto, quando é seca e sol forte é o filho mais velho que está fora de casa. Quando é sol mais fraco é o filho mais novo e o filho do meio só aparece quando os irmãos ficam cansados.
Lendas do Brasil
Pirarucu
A lenda do Pirarucu teve sua origem nas águas amazônicas. O Pirarucu é um dos maiores peixes de escama do Brasil. E para explicar sua origem os índios costumam contar a seguinte lenda. O Pirarucu era um índio guerreiro da nação dos Nalas e que este jovem índio era muito valente e muito orgulhoso, vaidoso e injusto e gostava de praticar a maldade. Foi então que o Deus Tupã resolveu castigá-lo por todas as suas maldades e pediu a Deusa Luruauaçu que fizesse cair uma grande tempestade e assim aconteceu. Uma forte chuva caiu do céu sobre a floresta de Xandoré, o demônio que odeia os homens começou a mandar raios e trovões tornando a floresta toda eletrizada pelos fortes relâmpagos e o forte guerreiro chamado de Pirarucu encontrava-se na hora da chuva caçando na floresta e tentou fugir, mas não conseguiu, vencido pela força do vento caiu ao chão e um raio partiu uma árvore muito grande que caiu sobre a cabeça do jovem guerreiro, achatando-lhe totalmente. O jovem guerreiro teve seu corpo desfalecido, carregado facilmente pela enxurrada para as profundezas do rio Tocantins, mas na floresta Xandoré o Deus Tupã ainda não estava satisfeito e resolveu transformá-lo aplicando-lhe um castigo severo e transformou o jovem guerreiro num peixe avermelhado de grandes escamas e cabeça chata e é este peixe Pirarucu que habita os rios da Amazônia.
Lendas do Brasil
Lenda da origem do Peixe-Boi
A Lenda da origem do Peixe-Boi é indígena, e contada pelos habitantes do vale do Rio Solimões, no Amazonas. Diz a lenda que foi realizada uma grande festa da moça nova e pela ação de Curumi. O pajé mandou que a moça nova e o Curumi mergulhassem nas águas do rio. Quando mergulharam o pajé jogou, em cima de cada um deles, uma tala de canarana. Quando voltaram à tona já haviam se transformado em PEIXE-BOI.
A partir deste casal nasceram todos os outros peixes-boi. É por esse motivo que eles se alimentam de canarana.
Lendas do Brasil
Lenda da Onça Maneta
A lenda da Onça maneta é muito forte nas Regiões, Sudeste, Norte, Centro-Oeste, trata-se de uma onça que perdeu uma das patas dianteiras possivelmente em uma luta contra caçadores. Desde esta luta a Onça passou a possuir uma grande força misturada a uma raiva enorme. Ela costuma ficar escondida nas matas e dificilmente consegue-se vê-la. Ela ataca e raramente alguém consegue escapar dela, não escolhe sua vítima ,ataca quem ela vê, pode ser um bicho, uma boiada, um homem, um grupo de caçadores, nada faz ela ficar com medo.
Lendas do Brasil
Lenda da Mula-Sem-Cabeça
A lenda da Mula-sem-cabeça é de origem desconhecida e é evidenciada em todo Brasil, de acordo com as regiões sofre alguma modificações, principalmente no nome, passando a ser chamada, por exemplo, de: Mulher de Padre, Mula de Padre, Mula Preta, entre outros. Não se sabe ao certo como surgiu o primeiro caso, porém segundo pesquisadores seria resultado de uma maneira de pensar, comportar-se e agir tipicamente relacionado a Igreja Católica, pois na sua origem a criatura seria o resultado de um pecado (aos modos ,costumes,princípios,e condutas da Igreja Católica),pois seria o resultado do que acontecia com todas as mulheres que mantivessem uma relação amorosa com um padre, o que podemos deduzir segundo muitos estudos sobre esta lenda que as mulheres que frequentavam igrejas nunca poderiam ver o Padre como um homem, e sim como uma "criatura especial" quase um Santo, pois estava se mantendo e vivendo para pregar a palavra de Jesus Cristo ,Deus e Santos, e caso alguma mulher pensasse em namorar com um Padre saberia que viraria uma Mula-sem-cabeça. Algumas pessoas juram já ter visto a criatura, e segundo elas a Mula-Sem-Cabeça tem as seguintes características: É uma mula, de cor marrom ou preta; não apresenta cabeça no lugar apenas fogo; possui em seus cascos ferraduras que podem ser de aço ou prata; seu relincho é muito alto que pode ser ouvido por muitos metros e é comum gemer como um ser humano; ela costuma aparecer somente durante a noite, e principalmente quinta ou sexta-feira, principalmente se for noite de Lua Cheia. Segundo a Lenda existem duas maneiras de acabar com o encantamento que fez a mulher virar Mula-Sem-Cabeça, a primeira consiste em uma pessoa arrancar o cabresto que ela possui, a outra forma é furá-la tirando sangue (uma gota no mínimo, com um alfinete virgem que nunca foi usado).
Lendas do Brasil
Lenda do Muiraquitã
A lenda do Muiraquitã é considerada um verdadeiro amuleto da sorte, que consiste num sapinho feito de pedra ou argila, geralmente é de cor verde, pois era confeccionado em jade. Os indígenas contam a seguinte lenda: que estes batráquios, eram confeccionados pelas índias que habitavam as margens do rio Amazonas. As belas índias nas noites de luar em que clareava a terra se dirigiam a um lago mais próximo e mergulhavam em suas águas retirando do fundo do lago bonitas pedras que modelavam rapidamente e ofereciam aos seus amados, como um verdadeiro talismã que pendurado ao pescoço levavam para caça, acreditando que traria boa sorte e felicidade ao guerreiro. Conta à lenda que até nos dias de hoje muitas pessoas acreditam que o Muiraquitã trás felicidade é considerado um amuleto de sorte para quem o possui.
O Muiraquitã apresenta também outras formas de animais, como jacaré, tartaruga, onça, mas é na forma de sapo a mais procurada e representada por ser a lenda mais original.
Lendas do Brasil
Matinta Perera
Diz a lenda, que à noite, um assobio agudo perturba o sono das pessoas e assusta as crianças, ocasião em que o dono da casa deve prometer tabaco ou fumo. Ao ouvir durante a noite, nas imediações da casa, um estridente assobio, o morador diz:: - Matinta, pode passar amanhã aqui para pegar seu tabaco. No dia seguinte uma velha aparece na residência onde a promessa foi feita, a fim de apanhar o fumo. A velha é uma pessoa do lugar que carregaria a maldição de "virar" Matinta Perera, ou seja, à noite transformar-se neste ser indescritível que assombra as pessoas. A Matinta Perera pode ser de dois tipos: com asa e sem asa. A que tem asa pode transformar-se em pássaro e voar nas cercanias do lugar onde mora. A que não tem, anda sempre com um pássaro, considerado agourento, e identificado como sendo "rasga-mortalha". Dizem que a Matinta, quando está para morrer, pergunta:" Quem quer? Quem quer?" Se alguém responder "eu quero", pensando em se tratar de alguma herança de dinheiro ou jóias, recebe na verdade a sina de "virar" Matinta Perera.
Lendas do Brasil
Mapinguari
O Mapinguari é uma Lenda derivada de algumas Lendas dos Índios da Região Amazônica. Os caboclos contam que dentro da floresta vive o Mapinguari, um gigante peludo com um olho na testa e a boca no umbigo. Para uns, ele é realmente coberto de pelos, porém usa uma armadura feita do casco da tartaruga, para outros, a sua pele é igual ao couro de jacaré. Segundo esta Lenda, alguns índios ao atingirem uma idade mais avançada evoluiriam e transformariam-se em Mapinguari e passariam a habitar o interior das florestas passando a viver apenas no seu interior e sozinhos. Há também quem diga que seus pés têm o formato de uma mão de pilão. O Mapinguari emite um gritos semelhantes ao grito dado pelos caçadores. Se alguém responder, ele logo vai ao encontro do desavisado, que acaba perdendo a vida. A criatura é selvagem e não teme nem caçador, porque é capaz de dilatar o aço quando sopra no cano da espingarda. Os ribeirinhos amazônicos contam muitas histórias de grandes combates entre o Mapinguari e valentes caçadores. O Mapinguari sempre leva vantagem e os caçadores que conseguem sobreviver, muitas vezes ficam aleijados ou com terríveis marcas no corpo para o resto de suas vidas. Há quem diga que o Mapinguari só anda pelas florestas de dia, guardando a noite para dormir. Quando anda pela mata, vai gritando, quebrando galhos e derrubando árvores, deixando um rastro de destruição. Outros contam que ele só aparece nos dias santos ou feriados. Dizem que ele só foge quando vê um bicho-preguiça.
Lendas do Brasil
Mandioca
Existem várias lendas que explicam a origem da mandioca, porém a mais conhecida é sobre Mani. Mani era uma linda indiazinha, neta de um grande cacique de uma tribo antiga. Desde que nasceu andava e falava. De repente morreu sem ficar doente e sem sofrer. A indiazinha foi enterrada dentro da própria oca onde sempre morou e como era a tradição do seu povo. Todos os dias os índios da aldeia iam visitá-la e choravam sobre sua sepultura, até que nela surgiu uma planta desconhecida, então os índios resolveram cavar para ver que planta era aquela, tiraram-na da terra e ao examinar sua raiz viram que era marrom, por fora, e branquinha por dentro. Após cozinharem e provarem a raiz entenderam que se tratava de um presente do Deus Tupã. A raiz de Mani veio para saciar a fome da tribo. Os índios deram o nome da raiz de Mani e como nasceu dentro de uma oca ficou Manioca, que hoje conhecemos como mandioca.
Lendas do Brasil
Lobisomem
De acordo a Lenda, o Lobisomem é um ser que seria resultado de uma oração poderosa feita numa noite de sexta-feira,de preferência de Lua Cheia num estábulo ou cocheira de burro ou cavalo,no qual a pessoa rola no local como se fosse o animal ,dizendo a reza e é feita como pacto com entidades malignas. Em algumas Regiões a transformação em Lobisomem acontece numa noite de sexta-feira sempre meia noite numa encruzilhada, onde repetindo os atos de um cavalo rolando no chão, a pessoa transforma-se.
O Lobisomem seria a fusão do lobo com o homem. Muitas histórias são contadas sobre este ser. No Brasil é comum em todos os Estados, principalmente nas localidades da Zona Rural, onde é muito comum as pessoas afirmarem que já o viram ,que também passa a ser um mistério para quem vê e quem ouve a história. O Lobisomem ataca animais e pessoas para se alimentar de sangue e volta a forma humana somente com o raiar do Sol.
Lendas do Brasil
Lenda da Iara
Conta a lenda que Iara é um ser , metade peixe metade mulher que vive nos rios ,esta Lenda é muito comum na região Amazônica. Segundo pesquisadores esta lenda surgiu entre os índios e passou a fazer parte principalmente das vidas das populações ribeirinhas, onde muitas dessas pessoas são descendentes de índios, ou estão muito próximos da cultura indígena, passando a serem influenciadas direta ou indiretamente. Segundo a Lenda as pessoas, principalmente homens, sempre eram atraídos pela beleza irresistível da Iara, uma linda índia com cabelos longos e pretos ,corpo muito bonito e ao som de uma música mágica leva as pessoas para o fundo das águas, onde existe o seu reino. Iara além de possuir um belo canto também contava com a sua beleza, podendo ao sair da água assumir a forma humana de uma mulher.
Lendas do Brasil
Guaraná
Conta a Lenda que em uma aldeia dos índios Maués havia um casal, com um único filho, muito bom, alegre e saudável. Ele era muito querido por todos de sua aldeia, o que levava a crer que no futuro seria um grande chefe guerreiro. Isto fez com que Jurupari, o Deus do mal, sentisse muita inveja do menino. Por isso resolveu matá-lo. Então, Jurupari transformou-se em uma enorme serpente e, enquanto o indiozinho estava distraído, colhendo frutinhas na floresta, ela atacou e matou a pobre criança.
Seus pais, que de nada desconfiavam, esperaram em vão pela volta do indiozinho, até que o sol foi embora. Veio a noite e a lua começou a brilhar no céu, iluminando toda a floresta. Seus pais já estavam desesperados com a demora do menino. Então toda a tribo se reuniu e saíram para procurá-lo. Quando o encontraram morto na floresta, uma grande tristeza tomou conta da tribo. Ninguém conseguia conter as lágrimas. Neste exato momento uma grande tempestade caiu sobre a floresta e um raio veio atingir bem perto do corpo do menino. Todos ficaram muito assustados. A índia-mãe disse: "...É Tupã que se compadece de nós. Quer que enterremos os olhos de meu filho, para que nasça uma fruteira, que será nossa felicidade". E assim foi feito. Os índios plantaram os olhos do indiozinho imediatamente, conforme o desejo de Tupã, o rei do trovão.
Alguns dias se passaram e no local nasceu uma plantinha que os índios ainda não conheciam. Era o Guaranazeiro. É por isso que os frutos do guaraná são sementes negras rodeadas por uma película branca, muito semelhante a um olho humano.
Lendas do Brasil
Lenda do Diabinho da Garrafa
O Diabinho da Garrafa também é conhecido como Famaliá, Cramulhão, Capeta da Garrafa, entre outros nomes, este ser é fruto de um pacto que as pessoas afirmam que se pode fazer com o diabo, este pacto consiste na maioria das vezes de uma troca, a pessoa pede riqueza em troca dá sua alma ao diabo. Depois de feito o pacto a pessoa tem que conseguir um ovo que dele nascerá um diabinho de 15 cm à aproximadamente 20 cm, mas não se trata de um simples ovo de galinha, e sim um ovo especial, fecundado pelo próprio diabo. O Diabinho da Garrafa tem as seguintes características: Nasce de um ovo (em algumas Regiões do Brasil acredita-se que ele pode nascer de uma galinha fecundada pelo diabo), em outras Regiões acreditam que ele nasce de um ovo colocado não por galinha e sim por um galo, este ovo seria do tamanho de um ovo de codorna; para conseguir tal ovo, a pessoa deve procurá-lo durante o período da quaresma , e na primeira sexta feira após conseguir o ovo, a pessoa vai até uma encruzilhada , a meia noite ,com o ovo debaixo do braço esquerdo,após passar o horário retorna para casa e deita-se na cama. No fim de 40 dias aproximadamente, o ovo é chocado e nascerá o diabinho; de posse do diabinho, a pessoa coloca-o logo na garrafa e fecha bem fechado, com o passar dos anos o diabinho enriquece o seu dono, e no final da vida leva a pessoa para o inferno.
Lendas do Brasil
Lenda do Curupira
De acordo com a lenda o Curupira é uma entidade muito parecida com a caipora,com funções e domínios idênticos, ou seja protetor da fauna e flora.O que difere é que o Curupira sempre se apresenta montado no seu Caititu ou cateto (espécie de porco do mato), possui uma lança, arco e flechas e não possui os pés voltados para trás. Para ressuscitar os animais mortos sem seu consentimento utiliza sua lança, seu arco, ordem verbal e através do contato do focinho do Caititu.
Lendas do Brasil
Cobra Grande (Cobra Honorato)
A Lenda da Cobra grande é uma das mais conhecidas lendas do folclore amazônico que fala de uma imensa cobra, também chamada Boiúna, que cresce de forma gigantesca e ameaçadora, abandonando a floresta e passando a habitar a parte profunda dos rios. Ao rastejar pela terra firme, os sulcos que deixa se transformam nos igarapés. Conta a lenda que a cobra-grande pode se transformar em embarcações ou outros seres. Aparece em numerosos contos indígenas. Um deles conta que em certa tribo indígena da Amazônia, uma índia, grávida da Boiúna, deu à luz a duas crianças gêmeas. Uma delas, um menino, recebeu o nome de Honorato ou Nonato, e uma menina, chamada de Maria. Mas a Índia não queria as crianças e para ficar livre dos filhos, ela jogou as duas crianças no rio. Entretanto as crianças não morreram, e conseguiram sobreviver e se criaram. Honorato não fazia nenhum mal, mas sua irmã tinha uma personalidade muito perversa. Causava sérios prejuízos aos outros animais e também às pessoas.
Eram tantas as maldades praticadas por ela que Honorato acabou por matá-la para pôr fim às suas maldades. Segundo muitas pessoas narram, Honorato em algumas noites de luar, perdia o seu encanto e adquiria a forma humana transformando-se em um belo e elegante rapaz, deixando as águas para levar uma vida normal na terra.
Para que se quebrasse o encanto de Honorato era preciso que alguém tivesse muita audácia para derramar leite na boca da enorme cobra e fazendo um ferimento na cabeça dela até sair sangue. Porém ninguém tinha coragem de enfrentar a enorme cobra. Até que um dia um soldado de Cametá (município do Pará) conseguiu libertar Honorato do terrível encanto, e ele deixou de ser cobra d'água para viver na terra como um homem e com sua família.
Lendas do Brasil
Capelobo
Esta Lenda é muito comum na Região dos Rios do Pará e também no Maranhão. O nome Capelobo é a união de um nome de significado provavelmente indígena, onde Cape (osso quebrado, torto ou aleijado) + lobo. O Capelobo pode aparecer com duas formas distintas: Forma de animal onde parece com uma anta, porém com características mais distintas, é maior que uma anta comum, é mais rápido, apresenta um focinho mais parecido com o de um cão ou porco, e longos cabelos e forma humana: Aparece com o corpo metade homem , com focinho de tamanduá, e corpo arredondado.
Costuma sair a noite , rondando as casas e acampamentos que ficam dentro das florestas, costuma apanhar cães e gatos recém nascidos, mas quando captura um animal maior ou um homem ,ele quebra o crânio e come o cérebro ou bebe o sangue. Só é morto com um ferimento no umbigo.
Lendas do Brasil
Lenda do Caipora
A lenda do Caipora é bastante evidenciada em todo o Brasil, está presente desde os indígenas, e é a partir deles que surgiu este mito. Segundo muitas tribos, principalmente as do Tronco Lingüístico Tupi-Guarani, o Caipora era uma entidade que possuía como função e dom o controle e guarda das florestas,e tudo que existia nela.Com o contato com outras civilizações não - indígenas, esta divindade foi bastante modificada quanto a sua interpretação, passando a ser vista como uma criatura maligna.Com o passar dos tempos muitas pessoas ainda continuam a relatar sua aparição, isto se dá na maioria das vezes com pessoas no interior de matas, o local onde caipora habita.
Segundo as pessoas que já viram Caipora, as características variam e a impressão que se tem dela pode variar dependendo se Caipora quer perturbar ou ajudar a pessoa.
Muitas pessoas afirmam que Caipora é um menino moreno , parecido com um indiozinho,olhos e cabelos vermelhos, possui os pés virados para trás.Outras pessoas dizem que ele parece com um indiozinho possui uma lança, um cachimbo,já outras pessoas o descrevem igual aos modelos anteriores porém com apenas um olho.
Caipora tem o poder de ressuscitar qualquer animal morto sem sua autorização, para isso apenas fala para que o bicho ressuscite. Por ser muito veloz às vezes as pessoas apenas sentem Caipora como se fosse uma rajada de vento no mato.Para entrar numa mata com permissão da Caipora, a pessoa deve levar sempre uma oferenda para ela, como um Pedaço de Fumo-de-Rolo, um Cachimbo. Caipora emite um som estridente causando que causa arrepios e pavor a todos os que o escutam. Em algumas regiões do Brasil Caipora é conhecido como o Curupira.
Lendas do Brasil
Lenda do Boto
De acordo com a lenda, um boto cor-de-rosa sai dos rios nas primeiras horas das noites de festa e com um poder especial, transforma-se em um lindo jovem vestido com roupas brancas. Ele usa um chapéu branco para encobrir o rosto e disfarçar o nariz grande. Nas festas, com seu jeito galanteador e falante, o boto dança, bebe, se comporta como um rapaz normal e aproxima-se das jovens solteiras, seduzindo-as. Logo após, consegue convencer as mulheres para um passeio no fundo do rio, local onde costuma engravidá-las. Na manhã seguinte volta a se transformar no boto, pois o seu encantamento só acontece à noite.
Lendas do Brasil
Lenda do Boitatá
Diz a lenda que há muito tempo atrás, uma noite se prorrogou muito parecendo que nunca mais haveria luz do dia. Era uma noite muito escura, sem estrelas, sem vento, e sem barulho algum dos bichos da floresta, era um grande silêncio. Os homens viveram dentro de casa e estavam passando fome e frio. Não havia como cortar lenha para os braseiros que mantinham as pessoas aquecidas, nem como caçar naquela escuridão. Era uma noite sem fim. Os dias foram passando e a chuva começou, choveu muito, esta chuva inundou tudo e muitos animais acabaram morrendo. Uma grande cobra que vivia em repouso num imenso tronco despertou faminta e começou a comer os olhos de animais mortos que brilhavam boiando nas águas. Alguns dizem que eles brilhavam devido a luz do último dia em que os animais viram o sol. De tanto olhos brilhantes que a cobra comeu, ela ficou toda brilhante como fogo e transparente. A cobra se transformou num monstro brilhante, o Boitatá. Dizem que o Boitatá assusta as pessoas quando elas entram na mata à noite. Mas muitos acreditam que o Boitatá protege as matas contra incêndios.
Lendas do Brasil
Açaí
Conta a Lenda que há muito tempo atrás, quando ainda não existia a cidade de Belém, vivia neste local uma tribo indígena muito grande. Como os alimentos eram insuficientes, tornava-se muito difícil conseguir comida para todos os índios da tribo. Então o cacique Itaki tomou uma decisão muito cruel. Resolveu que a partir daquele dia todas as crianças que nascessem seriam sacrificadas para evitar o aumento populacional de sua tribo. Até que um dia a filha do cacique, chamada Iaçã, deu à luz uma bonita menina, que também teve de ser sacrificada. Iaçã ficou desesperada, chorava todas as noites de saudades de sua filhinha. Ficou por vários dias enclausurada em sua tenda e pediu à Tupã que mostrasse ao seu pai outra maneira de ajudar seu povo, sem o sacrifício das crianças. Certa noite de lua Iaçã ouviu um choro de criança. Aproximou-se da porta de sua oca e viu sua linda filhinha sorridente, ao pé de uma palmeira. Inicialmente ficou parada, mas logo depois, lançou-se em direção à filha, abraçando - a . Porém misteriosamente sua filha desapareceu. Iaçã, inconsolável, chorou muito até desfalecer. No dia seguinte seu corpo foi encontrado abraçado ao tronco da palmeira, porém no rosto trazia ainda um sorriso de felicidade e seus olhos negros fitavam o alto da palmeira, que estava carregada de frutinhos escuros. Itaki então mandou que apanhassem os frutos, deles foi obtido um suco avermelhado que batizou de AÇAÍ, em homenagem a sua filha (Iaçã invertido). Alimentou seu povo e, a partir deste dia, suspendeu sua ordem de sacrificar as crianças.
sexta-feira, 9 de dezembro de 2011
A Lenda da Atlântida ou Atlantis
Segundo a lenda, há muito tempo teria existido um grande continente, chamado Atlântida ou Atlantis. Situava-se no meio do oceano que recebeu o seu nome- o oceano Atlântico- em frente às Portas de Hércules de que nos fala a Mitologia Grega. Essas portas erguiam-se no local onde hoje está o Estreito de Gibraltar, fechando por completo o Mar Mediterrânico.
Hipóteses sobre a localização geográfica de Atlântida
A Lenda
Ilustração de Lloyd K. Townsend.
Atlântida teria sido um paraíso, uma lendária ilha cuja primeira menção conhecida remonta a Platão em suas obras "Timeu ou a Natureza" e "Crítias ou a Atlântida". Era composta de exóticas paisagens, com clima agradável e belas florestas, ao lado de extensas e férteis planícies. Os animais eram dóceis, porém fortes. E havia as cidades, grandes e pequenas. Os atlantes eram senhores de uma civilização muito avançada. Palácios e templos cobertos de ouro e outros metais preciosos destacavam-se numa paisagem onde o campo e a cidade conviviam em harmonia. Jardins, fontes, ginásios, estádios, estradas, aquedutos, pontes. Estavam por todo o lado e a disposição de todos. Desta abundância nasceram e prosperaram as artes e as ciências. Eram muitos os artistas, músicos e grandes sábios.
Mas não viviam completamente tranquilos, pois não estavam sozinhos no mundo. Em razão disso, apesar de cultivarem a paz e a harmonia nunca deixaram de praticar as artes da guerra, já que vários povos, movidos pela inveja, cobiçando a sua riqueza, tentavam conquistar o continente. As vitórias obtidas contra os invasores foram tão grandiosas que logo despertaram o orgulho e a ambição de passar ao contra ataque. Já não pensavam em apenas defenderem-se, mas em aumentar o território de Atlântida. Assim o poderoso exército Atlante preparou-se para a guerra e aos poucos foi conquistando grande parte do mundo conhecido, dominando vários povos e várias ilhas em seu redor, uma grande parte da Europa Atlântica e parte do Norte de África. Os seus corações até então puros foram endurecendo como as suas armas. Enquanto se perdia a inocência nascia o orgulho, a vaidade, o luxo desnecessário, a corrupção e o desrespeito para com os deuses. Poseidon convocou então os outros deuses para julgar os atlantes e decidiu aplicar-lhes um castigo exemplar. E como consequência vieram terríveis desastres naturais.
As terras da Atlântida estremeceram violentamente, o dia fez-se noite, e logo em seguida surgiu o fogo queimando as florestas e campos de cultivo. O mar inundou a terra de Atlântida com ondas gigantes, engolindo as aldeias e cidades. Em pouco tempo Atlântida desaparecia para sempre.
quinta-feira, 8 de dezembro de 2011
Gêngis Khan
Nascido às margens do Rio Orhon, filho de um chefe que comandou a Mongólia desde a região de Amur até a Grande Muralha da China, Temujin sucedeu ao pai quando tinha treze anos de idade. Mas não havia obtido nenhuma vitória militar até derrotar os keraites em 1203. Com isso, seu povo o declarou Gêngis Khan, que significa "imperador universal". O novo título foi aceito sem hesitação e, para fazer jus a tamanha homenagem, ele decidiu sair numa campanha de eonquista que duraria nada menos que 25 anos. Gêngis primeiro voltou sua atenção para os tártaros. Após derrotá-los, ele seguiu para o sul em direção à China, onde a dinastia Sung estava à beira da ruina e, portanto, era um alvo fácil para os saqueadores mongóis. Gêngis capturou Beijing em 1214 e em pouco tempo ocupou a maior parte da Ghina. Durante séculos, os mongóis haviam sido um povo nômade que vivia nas vastas planícies da Ásia central. Eles se espalhavam pelas estepes e viviam lutando entre si e pilhando vilarejos nas franjas do Império Chinês. Além de sua terra natal, poucos povos jamais haviam ouvido falar nos mongóis. A Grande Muralha da China, cuja construção teve início por volta de 200 d.C., os tinha mantido distantes, e a maior parte da Europa ficava a milhares de quilômetros dos desertos elevados e frios habitados pelos mongóis.
Mas, depois que Gêngis assumiu o poder, distância ou muralha não eram mais obstáculos para suas ambições. Em 1219, o "imperador universal" rumou para oeste, por terras que nunca tinham ouvido falar em suas conquistas. As Hordas Mongóis, como passaram a ser conhecidas as vastas ondas de cavaleiros fortemente armados, varreram a Rússia, detonaram o Império Persa, engoliram a Polônia e a Hungria e ameaçaram a Europa como um todo.
O chefe guerreiro dos mongóis, que não tinha muita afinidade com os finos produtos das civilizações chinesa e européia, dormia em uma tenda e costumava cavalgar um rápido e robusto garanhão mongol. É bem provável que ele tenha sido o líder militar de maior sucesso na história do mundo. Gêngis Khan não via limites para a expansão do Império Mongol. Pelos oito anos seguintes, ele reuniu o mais longo império contínuo que o mundo já havia visto. O sucesso de suas Hordas destruidoras, no entanto, dependia totalmente da habilidade e liderança de Gêngis Khan e da unificação dos mongóis. Durante algum tempo após sua morte, quando ele foi sucedido por seu terceiro filho, Ogodei Khan (1185-1241), as conquistas continuaram. Mas, depois, o império começou a se esfacelar e as Hordas Mongóis tomaram o rumo de casa. Na China, a dinastia Mongol, ou Yuan, teve vida longa: ela resistiu até 1368.
A grande importância de Gêngis Khan e do Império Mongol na história foi o de terem tornado povos de lados opostos do mundo, como a China e a Europa, cientes um do outro. As Cruzadas haviam reaberto o antigo diálogo entre a Europa e o Oriente Médio, mas, antes dos mongóis, os europeus em sua maioria ignoravam a existência do Extremo Oriente.
Henrique VIII
O mais famoso rei inglês desde Guilherme, o Conquistador, e provavelmente também o mais controverso, Henrique VIII nasceu em Greenwich e era o segundo filho de Henrique VII (1457-1509), primeiro monarca inglês da casa dos Tudor. Henrique chegou ao poder numa época de grandes conflitos entre Inglaterra e França. Mas, mesmo assim, foi capaz de selar a paz entre as duas nações, conseguindo até mesmo que sua irmã se casasse com o rei francês Luis XII (1462-1515). Henrique VIII assumiu o trono inglês em 1509 e, no mesmo ano, casou-se com Catarina de Aragão (1485-1536), viúva de seu irmão Arthur.
Depois de vinte anos de casamento sem ter conseguido um herdeiro masculino, Henrique quis encerrar sua união com Catarina. O que não foi permitido pelo papa Clemente VII (1478-1534), pois a Igreja Católica não aceitava o divórcio. Em 1533,
Thomas Cranmer (1489-1556), um amigo de Henrique, tornou-se arcebispo da Cantuária, o mais alto cargo eclesiástico da Inglaterra. Assim, os dois amigos fizeram um acordo para anular o casamento de Henrique, fazendo o Parlamento declarar que o Direito Divino dos Reis substituíra a autoridade da Igreja. Naquele mesmo ano, Cranmer e Henrique retiraram a ala inglesa do Catolicismo e criaram a Igreja Anglicana.
Depois de o casamento de Henrique com Catarina de Aragão ser anulado, ele prontamente se uniu a Ana Bolena (1507-1536). Na verdade, os dois já tinham um relacionamento às escondidas, mas ela queria um casamento legalizado. Durante três anos, Ana Bolena permaneceu como rainha da Inglaterra e nesse período eles tiveram um filha, Elizabeth I (1533-1603), que, mais tarde, se tornaria uma das monarcas mais importantes da Inglaterra. Quando Henrique se cansou de Ana, ele a acusou de adultério e a decapitou em 19 de maio de 1536. Ele casou-se então com Jane Seymour (1509-1537), que morreu pouco depois do nascimento de seu filho, Eduardo VI (1537-1553).
Três anos depois, em 1540, para criar uma aliança política com os príncipes protestantes do norte da Alemanha, Henrique casou-se com Anne de Clèves (1515-1557). Mas a união durou menos de um ano. Henrique VIII escolheu então Catherine Howard (1521-1542), filha do duque de Norfolk. Mas, como já havia ocorrido com Ana Bolena, Catherine também foi decapitada por sua suposta "imoralidade". A sexta e última esposa de Henrique foi Catherine Parr (1512-1548), filha de um nobre chamado Thomas Parr. Protestante leal, ela havia apoiado totalmente o então polêmico rompimento de Henrique com a Igreja Católica. Catherine viveu ainda cinco anos após a morte de Henrique.
Deixando de lado sua inclinação por se desfazer de esposas indesejáveis, Henrique marcou sua biografia por ter criado a Igreja Anglicana, a segunda maior fé protestante depois do Luteranismo, fundado por Martinho Lutero. Outro ponto importante foi ter incorporado o País de Gales ao reino britânico e dar-lhe representação no Parlamento inglês.
João XXIII
Religioso italiano (25/11/1881-3/6/1963). Conquista admiração durante seu curto pontificado (1958-1963), ao renovar a Igreja Católica com reformas implantadas após o Concílio Vaticano II. Angelo Giuseppe Roncalli nasce em Sotto il Monte e é ordenado padre em 1904.
Serve na I Guerra Mundial (1914-1918) como capelão e, terminado o conflito, é nomeado diretor do Conselho Italiano da Obra da Propagação da Fé. Sagrado bispo em 1925, trabalha como representante papal em vários países. Durante a II Guerra Mundial (1939-1945), desempenha papel decisivo no resgate de judeus da Hungria.
Passa a cardeal em 1953 e, com a morte de Pio XII, é eleito papa aos 77 anos. Renova a vida religiosa da Igreja, atualizando os ensinamentos, as normas de disciplina e encorajando a unificação dos cristãos. Escreve importantes encíclicas, entre elas Mater et Magistra (1961), na qual realça a importância do respeito à dignidade do indivíduo como base das instituições sociais; e Pacem in Terris (1963), em que pede a cooperação internacional para a paz e a justiça. Morre no Vaticano.
Leon Tolstói
Escritor russo (9/9/1828-20/11/1910). Expoente da literatura realista, faz a crítica da sociedade e da moral na Rússia do final do século XIX, sendo considerado um dos maiores escritores de todos os tempos. Lev Nikoayevich, conde de Tolstoi, nasce na Iasnaia-Poliana, província de Tula.
Estuda línguas e leis na Universidade de Kazan, mas, insatisfeito com o sistema formal de educação, abandona os estudos antes da graduação. Em 1852 alista-se no Exército e luta na Guerra da Criméia (1853-1856). Inicia então a carreira literária, inspirado pelas experiências da vida militar.
São dessa época Contos de Sebastopol (1855) e Os Cossacos (1963). Retorna à propriedade da família e casa-se com Sônia Andreievna Bers. Enquanto escreve seus dois maiores romances, Guerra e Paz(1869) e Anna Karenina (1877), entra em crise espiritual e questiona a sociedade em que vive.
Rejeita a autoridade da Igreja Ortodoxa Russa e é excomungado em 1901. Aos 82 anos sai de casa, após várias brigas com a esposa, que não aceita seu desejo de doar as propriedades da família. Morre dias depois, de pneumonia, na estação ferroviária de Astapovo, na província de Riaz.
Carlos Lamarca
Militar e guerrilheiro fluminense (23/10/1937-17/9/1971). Filho de carpinteiro, faz o ginásio em colégio de padres e ingressa na Escola Preparatória de Cadetes, em Porto Alegre, em 1955. Dois anos depois é transferido para a Academia Militar das Agulhas Negras, em Resende (RJ), e declarado aspirante-a-oficial em 1960.
Passa a servir no 4º Regimento de Infantaria, em Quitaúna, na cidade de Osasco (SP). É enviado para integrar as Forças de Paz da ONU na região de Gaza (Palestina), de onde volta 18 meses depois. Está ligado à 6a Companhia de Polícia do Exército, em Porto Alegre, quando ocorre o golpe militar de 1964. Volta a Quitaúna em 1965 e é promovido a capitão em 1967.
Faz contatos com facções de esquerda que defendem a luta armada para derrubar a ditadura e, em 1969, abandona o quartel para unir-se à organização clandestina Vanguarda Popular Revolucionária (VPR), levando armas da guarnição para a guerrilha.
Exímio atirador, torna-se um dos mais ativos militantes da oposição armada ao Regime Militar. Participa de diversas ações, como assaltos a bancos, e instala um foco guerrilheiro no Vale do Ribeira, no sul do estado de São Paulo, desarticulado em 1970 pelo Exército.
No mesmo ano comanda o seqüestro do embaixador suíço no Brasil, Giovanni Enrico Bucher, no Rio de Janeiro, e foge para a Bahia. Em 17 de setembro de 1971 é localizado na zona agreste baiana, no município de Ipupiara, e assassinado pelas forças da repressão.
BIOGRAFIAS-Calvino
Assim como Lutero, Calvino também teve grande importância na chamada Reforma Protestante. Ele nasceu em Noyon, na França, e estudou latim em Paris e Direito em Orleans, onde começou a se interessar por teologia e o estudo da Bíblia. Em Burgos, além de outras cidades francesas, ele começou a disseminar suas doutrinas reformistas. Em 1535, uniu-se a Nicolas Cop, reitor do Universidade de Paris, quando este anunciou seu apoio a Martinho Lutero. Acusados de heresia, ambos foram obrigado a abandonar Paris. Em 1536, Calvino publicou a primeira edição do seu A Instituição da Religião Cristã, um conciso e provocativo estudo que o colocou na vanguarda do protestantismo europeu.
Nesse mesmo ano, visitou Genebra e foi convidado a participar do movimento reformista da cidade. Calvino permaneceu em Genebra até 1538. Mas, depois, devido aos seus pontos de vista radicais, principalmente quanto à moral e à religião, também teve de abandonar a cidade e fixou-se em Estrasburgo, onde participou ativamente da vida religiosa até 1541. Em Estrasburgo, Calvino publicou o primeiro de seus numerosos volumes comentários sobre os livros da Bíblia. Nesse mesmo ano, no entanto, ele foi convencido a voltar para Genebra, onde não foi só chefe religioso como também governante e líder político. Desde então, Genebra tornou-se o principal centro protestante da Europa. Calvino impôs hábitos austeros aos cidadãos. O jogo, a dança e o canto, que não fosse ligado à igreja, por exemplo, eram proibidos. E pessoas suspeitas de bruxaria, assim como quem discordava de Calvino, foram queimadas vivas em fogueiras. Calvino, que representou a face mais conservadora e puritana do protestantismo, morreu em Genebra em 27 de maio de 1564.
BIOGRAFIAS-Abraham Lincoln
Ao lado de George Washington, Abraham Lincoln é considerado um dos mais importantes presidentes americanos da história. Nascido em uma cabana próximo a Hodgenville, Kentucky, em 12 de fevereiro de 1809, aos dezenove anos idade ele ingressou na tripulação de uma barcaça que transportava produtos agrícolas pelos rios Ohio e Mississípi até Nova Orleans. Em 1830, junto com seu pai, sua madrasta e seus meios-irmãos, Lincoln mudou-se para Decatur, no Illinois, onde trabalhou durante algum tempo cortando toras para cercas. Em 1831, ele deixou sua casa e trabalhou em vários tipos de empregos, como condutor de barcos e lojista.
Em 1834, Lincoln foi eleito para o Legislativo do estado de Illinois, onde ficou até 1843. tornou-se advogado em 1837 e foi eleito para a Câmara Representativa dos Estados Unidos em 1846, onde cumpriu um mandato antes de voltar para Springfield, Illinois, para exercer a advocacia. Abolicionista convicto, e crítico declarado da escravatura, Lincoln participou de vários debates com o orador e senador americano Stephen Douglas (1813-1861) sobre se a escravatura deveria ou não ser legalizada nos novos territórios que se haviam tornado estados.
A oratória brilhante de Lincoln nos Debates Lincoln-Douglas o fizeram famoso nacionalmente, e o recém-formado Partido Republicano o escolheu para concorrer contra Douglas nas eleições para o Senado americano em 1858. Embora tenha perdido, em 1860 os republicanos o escolheram como candidato à presidente. E Lincoln foi eleito.
Em 4 de fevereiro de 1861, pouco depois de ele assumir o cargo, os onze estados sulistas – Alabama, Arkansas, Flórida, Geórgia, Louisiana, Carolina do Norte, Mississípi, Carolina do Sul, Texas, Tennessee e Virgínia – sc separaram da União e formaram os Estados Confederados da América. Lincoln, então, decidiu ir à guerra para tentar restaurar a União. Era o início da Guerra Civil Americana (1861-1865), ou Guerra de Secessão, um conflito que colocava em choque pontos de vista muito diferentes. Enquanto o Norte queria que os Estados Unidos continuassem a ser uma única nação, o Sul pretendia que se formassem duas nações independentes. Apesar da superioridade militar e industrial da União, a primeira grande batalha, que ocorreu no dia 21 de julho de 1861, teve uma esmagadora vitória da Confederação. Por dois anos consecutivos, as forças da União tentaram partir para a ofensiva, mas os confederados sempre as derrotavam.
A história começou a mudar em julho de 1863, quando ocorreram os dois confrontos mais sangrentos do conflito. As forças do Sul, ao tentar invadir o Norte, foram detidas em Gettysburg, Pensilvânia. E as forças da União capturaram a fortaleza dos confederados em Vicksburg, Mississípi. Foi durante uma cerimônia em Gettysburg que Lincoln proferiu um famoso discurso em que prometeu que "nesta nação, sob a graça de Deus, terá um renascimento da liberdade; e o governo do povo, pelo povo e para o povo não perecerá sobre a Terra". O sonho de Abraham Lincoln de um país unificado foi enfim assegurado. Mas, infelizmente, o próprio Lincoln não sobreviveu para usufruir a paz tão duramente conquistada. Em 14 de abril de 1865, enquanto assistia a uma apresentação no Teatro Ford, em Washington, ele foi assassinado por John Wilkes Booth (1838-1865), um ator desempregado escravagista e simpatizante da causa dos confederados.
As Revoluções Burguesas no século XVIII
sobre História por Algo Sobre
As revoluções Burguesas são um momento significativo na história do capitalismo, na medida em que serão elas que contribuirão para abrir caminho para a superação dos resquícios feudais e, portanto, para tornar possível a consolidação do modo de produção capitalista. Tais revoluções ocorreram em vários países europeus, no entanto, neste capítulo, vai-se dar ênfase especial a duas delas: a Revolução Inglesa, ocorrida no século XVII, e a Revolução Francesa, no final do século XVIII.
Para se compreender a Revolução que ocorreu na Inglaterra, é necessário compreender o quadro social lá existente, além das questões políticas e econômicas derivadas de uma sociedade onde as forças capitalistas avançavam com rapidez, mas esbarravam numa estrutura ainda eminentemente feudal. Nesse sentido, devido à crise que ocorreu no século XVII, na Europa, e em razão do avanço dessas forças capitalistas, a Inglaterra pôde conhecer uma revolução, que boa parte dos autores considera burguesa, pelos efeitos sobre a estrutura econômica inglesa.
As razões que propiciaram a eclosão do movimento revolucionário, sumariamente são:
Para se compreender a Revolução que ocorreu na Inglaterra, é necessário compreender o quadro social lá existente, além das questões políticas e econômicas derivadas de uma sociedade onde as forças capitalistas avançavam com rapidez, mas esbarravam numa estrutura ainda eminentemente feudal. Nesse sentido, devido à crise que ocorreu no século XVII, na Europa, e em razão do avanço dessas forças capitalistas, a Inglaterra pôde conhecer uma revolução, que boa parte dos autores considera burguesa, pelos efeitos sobre a estrutura econômica inglesa.
As razões que propiciaram a eclosão do movimento revolucionário, sumariamente são:
a) o Estado absolutista inglês (desde 1603 o governo estava nas mãos da dinastia Stuart) era, apesar disso, tremendamente frágil: não possuía exército permanente nem uma burocracia organizada, além de possuir rendimentos financeiros pouco expressivos; as tentativas dos reis Jaime I e Carlos I em aumentarem os impostos e terem um exército à sua disposição, eram vistas com desconfiança pelo Parlamento;
b) as condições econômicas da Inglaterra, devido ao período mercantilista. Sob o governo da dinastia Tudor (1485-1603), a Inglaterra tornou-se uma grande potência marítima. Foi também neste período que o sistema de "putting-out" ou indústria doméstica surgiu, determinando mudanças na estrutura da produção;
c) a Reforma religiosa na Inglaterra determinou a perda das terras da Igreja, que foram tomadas pelo Estado e vendidas para a burguesia e para a nova nobreza (gentry) que estavam preocupadas com o cercamento das terras para a criação de ovelhas, cuja lã atendia às manufaturas. Assim, passou a haver uma estreita associação de interesses entre a burguesia mercantil e a gentry;
d) as transformações na estrutura social, derivadas das transformações econômicas citadas acima. A diferenciação social entre cidade e campo era bastante nítida. No campo estavam os Pares (aristocracia, ou alta nobreza, essencialmente feudal); a gentry (nobreza de status); os yeomen (pequenos e médios proprietários rurais); os arrendatários e os jornaleiros. Havia ainda, nas cidades, os elementos ligados 1as corporações de ofícios.
A Revolução Inglesa tem início no governo de Carlos I (1625-1640), devido às tentativas desse rei em aumentar os impostos. Em 1637 ele lançou o "ship money", e a população se rebelou. Paralelamente, a monarquia procurava restringir os cercamentos, afastar a gentry da Corte e reforçar os privilégios dos Pares. Os protestos do Parlamento levaram Carlos I a dissolvê-lo, convocando um outro, que ficou conhecido como Short Parliement (Parlamento Curto), logo dissolvido por se recusar a permitir novos impostos. O parlamento convocado logo a seguir, conhecido como Long Parliament (Parlamento Longo), toma atitudes drásticas: depõe o primeiro-ministro, revoga os impostos que o rei havia decretado e estabelece que apenas o Parlamento poderia se autodissolver; o rei não poderia mais tomar tal atitude.
Em 1640, para vencer os irlandeses, o rei organiza um exército próprio, que será levado a lutar contra o Parlamento. Tem início a Revolução, que passa pelas seguintes etapas:
Em 1640, para vencer os irlandeses, o rei organiza um exército próprio, que será levado a lutar contra o Parlamento. Tem início a Revolução, que passa pelas seguintes etapas:
a) 1640-42 - a Grande Rebelião. O Longo Parlamento toma atitudes (como as citadas acima) francamente hostis ao monarca.
b) 1642-48 - a Guerra Civil. Do lado do rei alinham-se anglicanos e católicos, portanto, essencialmente os Pares e alguns setores da gentry, principalmente os das regiões Norte e Oeste da Inglaterra; aolado do Parlamento encontramos presbiterianos e seitas radicais; os yeomen, a burguesia mercantil e setores dda gentry, especialmente os do Sul e do Leste da Inglaterra. A vitória do Parlamento só se tornou possível pela organização do New Model Army (Novo exército modelo), de Cromwell. Foi graças a esse exército, onde a promoção ao oficialato se fazia pelo mérito, que o Parlamento conseguiu vencer as tropas reais. Após a prisão do rei, surgiram conflitos entre os vencedores, pois alguns defendiam a condenação à morte do rei (radicais), enquanto os moderados insistiam na continuação da monarquia. Os radicais conseguiram se impor e Carlos I foi condenado.
c) 1648-58 - a República de Cromwell. Oliver Cromwell esmagou violentamente os movimentos radicais dentro do exército (niveladores e cavadores, cujas idéias serão examinadas no texto de aprofundamento); decretou os Atos de Navegação que consolidaram a marinha inglesa e permitiram, em breve, à Inglaterra dominar os mercados mundiais; seu governo era uma república ditatorial, denominada Protetorado.
d) 1658-60 - o fim da da República.Após a morte de Cromwell, seu filho Richard foi deposto pelo exército, num golpe tramado pelo Parlamento. Optou-se pela restauração da dinastia Stuart.
e) 1660-88 - a restauração Stuart.O Parlamento é depurado dos elementos radicais. Tenta-se a monarquia limitada, mas quando Jaime II tenta restaurar o absolutismo e o catolicismo a situação chega ao limite.
f) 1688-89 - a Revolução Gloriosa. Esta "revolução" nada mais foi do que um golpe do Parlamento contra Jaime II. Colocando no poder Guilherme de Orange, um genro de Jaime II, a gentry e a burguesia, na realidade, estão assumindo o poder, uma vez que pelo "Bill of Rights" (Declaração de Direitos), de 1689, fica definitivamente limitado o poder monárquico na Inglaterra, caminhando-se, portanto, para a instalação do Parlamentarismo.
Por esta breve síntese, pode-se perceber por que a Revolução Inglesa é considerada uma revolução burguesa. Foi ela, na realidade, que abriu as condições para a instauração do modo de produção capitalista, via Revolução Industrial, na medida em que estabeleceu a plena prosperidade privada sobre a terra, permitiu à marinha inglesa controle sobre os mercados mundiais e, ao intensificar os cercamentos, proletarizou uma grande massa de pessoas.
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