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sábado, 16 de abril de 2011
A sociedade do espetáculo
Autor: Guy Debord
Um dos primeiros pensadores a proceder a uma análise crítica da moderna sociedade de consumo sob a perspectiva do “espetáculo” foi Guy Debord. Esse pensador (filósofo, que também foi diretor de cinema)[1], escrevendo em 1967, antecipa de maneira muito lúcida o que estava para se tornar a sociedade moderna (ou pós-moderna)[2], às portas do século XXI. Em 1978 e 1988, respectivamente, Debord escreveu dois outros trabalhos nos quais comenta sua obra de 1967.[3] Nesses trabalhos posteriores, ao constatar que suas teses ainda estavam vigentes e que não tinham sido desmentidas, afirma que isso se deve ao fato de ele ter compreendido os fatores constitutivos do espetáculo — compreensão essa que se confirma, na sua opinião, pelo recrudescimento, nos anos que se seguiram a 1967, da “tirania” das imagens; da submissão alienante ao “império” da mídia; e do poder dos profissionais do espetáculo.
Debord cunhou a expressão sociedade do espetáculo, para designar e caracterizar o tipo de cultura da mídia que estava sendo implementada desde meados do séc. XX; e que, desde os anos 60, já se mostrava ao autor como tendendo a tornar-se hegemônica.
O livro A sociedade do espetáculo, de Debord, se constitui de duas centenas de teses que tratam, principalmente da alienação espetacular, da mercadoria como espetáculo, do triunfo da aparência, do tempo e do espaço espetaculares, e da cultura e da ideologia da sociedade do espetáculo. A perspectiva de Debord é crítica em relação a essa sociedade. Naturalmente, é compreensível que outros teóricos tenham reagido a essa crítica e, até mesmo, a transformado em louvor ou elogio do espetáculo. Assim, não faltam incentivos à sociedade espetacular e parece que esta enfrenta muito pouca resistência. A carência de abordagens críticas justifica a opção feita aqui pela perspectiva de Debord.
Link: http://www.4shared.com/document/46uuuyX8/A_SOCIEDADE_DO_ESPETCULO_-_Guy.html
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